O Afeganistão está sofrendo com inundações causadas por fortes chuvas do período conhecido como monções. Diversas casas na região de Cabul foram destruídas. Até o momento, 30 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas.
O site Um Só Planeta divulgou as informações no domingo 23. Há ainda 40 pessoas desaparecidas. Segundo a reportagem, o Afeganistão está na borda mais ocidental da área tradicionalmente atingida por monções asiáticas.
As inundações repentinas são comuns na estação chuvosa do Afeganistão. Isso se dá em decorrência de chuvas intensas que atingem os leitos — então secos — do país, que voltou a ser controlado pelo grupo terrorista Talibã, em agosto de 2021.
Não é a primeira vez que o Afeganistão é assolado por inundações
O porta-voz do Ministério de Estado para Gestão de Desastres, Shafiullah Rahimi, disse durante uma entrevista coletiva que 604 casas foram total ou parcialmente danificadas pelas inundações no Afeganistão.
Ainda segundo Shafiullah Rahimi, centenas de hectares de terras agrícolas e pomares foram destruídos em Jalrez desde a sexta-feira 21.
Esta não é a primeira vez que o Afeganistão é assolado por enchentes. Em 23 de agosto do ano passado, foi registrado que as inundações repentinas no país tiraram a vida de 95 pessoas, feriram outras centenas e destruíram milhares de casas, de acordo com a emissora de TV CNN.
Em 2022, as mortes ocorreram em dez províncias justamente enquanto o país se recuperava de uma crise econômica e humanitária. Na época, o Paquistão também enfrentava “inundações implacáveis”, ainda de acordo com a emissora.
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A Autoridade de Gestão de Desastres afirmou, em agosto de 2022, que as enchentes tinham matado 820 pessoas desde meados de junho. Nesse período, quase 320 mil casas foram destruídas ou danificadas, e 129 pontes foram afetadas.
“O inverno está chegando em breve e essas famílias afetadas, que incluem mulheres e crianças, não têm abrigo para morar”, disse o vice-ministro de Gestão de Desastres do Afeganistão, Mawlawi Sharafuddin Muslim, à CNN. “Todas as suas fazendas e os pomares foram completamente destruídos ou suas colheitas foram danificadas.”
Fonte: revistaoeste