Um navio romano naufragado há mais de 2 mil anos, a quase 350 metros de profundidade no mar da Itália, escondia diversos ornamentos de vidro.
Batizada Capo Corso 2, a embarcação havia sido descoberta pela primeira vez em 2012, mas os artefatos foram encontrados recentemente, durante uma missão ítalo-francesa, entre 1º e 8 de julho.
O navio mede por volta de 350 metros e data do fim do século 1 d.C ao início do século 2 d.C. As descobertas foram divulgadas pela Superintendência Nacional do Patrimônio Cultural Subaquático da Itália, no Facebook, em 15 de julho.
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De acordo com a entidade italiana, a homogeneidade da carga e a quantidade de objetos de vidro sugerem que o navio veio do Oriente Médio, provavelmente do Líbano ou da Síria. O site Heritage Daily informa que havia vidro em estado bruto e milhares de utensílios de mesa marrons trabalhados.
Com um estudo mais aprofundado dos objetos, a equipe espera descobrir detalhes sobre a cronologia do navio e a rota que ele percorreu em sua última viagem.
Os pesquisadores encontraram o barco no trecho marítimo entre o Cabo Corso (Córsega–França) e a Ilha Capraia, na Itália.
“Este é um dos raros casos de naufrágio de um navio romano com uma carga quase exclusivamente de vidro, transportada com várias toneladas de blocos de vários tamanhos e trabalhada na forma de milhares de artefatos de louça de vidro”, informou a Superintendência Nacional.
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Para estudar as mudanças no local do naufrágio, os especialistas realizaram um levantamento fotogramétrico. Com base nos dados obtidos, implantaram um veículo operado remotamente chamado Arthur, que pode chegar a uma profundidade de 2,5 mil metros.
O equipamento também pode gravar vídeo em alta definição, ventilar ou aspirar o sedimento e recuperar artefatos com uma garra. Alguns objetos conseguiram ser recuperados por meio do Arthur, como as garrafas de vidro, os copos e as tigelas, além de duas bacias de bronze e vários vasos.
As operações marítimas também foram conduzidas com o veículo remoto Hilarion, que estava junto de Arthur a bordo do navio-almirante Drassm Alfred Merlin.
Fonte: revistaoeste