Durante a abertura da terceira Reunião de Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a expressar sua crítica ao envio de armamentos para defesa da Ucrânia, alvo de ataques da Rússia desde fevereiro do ano passado. O petista falou sobre o assunto nesta segunda-feira, 17.
No encontro em Bruxelas, na Bélgica, Lula destacou que a guerra gera incerteza e traz impactos econômicos. Embora o Brasil condene a invasão da Ucrânia, o presidente disse que o envio de armas pelas potências ocidentais contribui para a prolongação do conflito.
“A guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e para programas sociais”, afirmou Lula. “A corrida armamentista dificulta ainda mais o andamento da mudança do clima.”
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Depois da declaração controversa feita em abril nos Emirados Árabes Unidos, na qual afirmou que Europa e Estados Unidos contribuíam para prolongar a guerra, o presidente amenizou o tom em relação a norte-americanos e europeus.
As declarações geraram críticas da União Europeia, que rejeitou as afirmações de Lula, e da Casa Branca, que acusou o petista de “papaguear” a propaganda russa.
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A cúpula entre Celac e União Europeia reúne 33 nações latino-americanas e caribenhas com os 27 países da União Europeia, visando a fortalecer os laços e promover o desenvolvimento econômico e social.
Acordo com o Mercosul
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, expressou nesta segunda-feira sua esperança de que a União Europeia e o Mercosul superem as divergências atuais o mais rápido possível e cheguem a um acordo comercial.
“Estamos empenhados em resolver as diferenças pendentes o mais brevemente possível, para que possamos concluir essa negociação”, declarou Von der Leyen durante seu discurso em Bruxelas.
Fonte: revistaoeste