No Canadá, um homem foi demitido depois de parar na estrada para salvar uma bebê alce de um ataque de urso. O jornal norte-americano New York Post divulgou a informação neste domingo, 16.
Mark Skage trabalhava para a fornecedora de combustível AFD Petroleum Inc. Em 6 de junho, quando estava voltando de um local de trabalho, o canadense viu uma bebê alce abandonada, vagando na beira da estrada em British Columbia.
Quando Skage parou o caminhão e desceu para ajudar a filhote de alce, o bicho tentou subir no veículo. Foi quando Skage percebeu que um urso estava perseguindo o pequeno animal.
“Depois que a alce continuou tentando subir no caminhão de trabalho, decidi que não poderia simplesmente deixá-la ali”, disse o canadense. “Então a coloquei no lado do passageiro e dirigi até a cidade para conseguir ajuda.”
O canadense sabe que transportar mamíferos selvagens é ilegal, mas decidiu salvar a bebê alce.
“Simplesmente não poderia fazer isso, no meu coração”, disse Skage, em entrevista à CBC News. “As pessoas podem falar o que quiserem. Sei que, como homens do ar livre, falamos sobre controle de predadores. Os ursos negros são o predador número um desses bezerros. Então, pensei: ‘Bem, não posso cuidar do predador, mas acho que posso tentar ajudar essa pequena filhote’.”
Canadense escolheu salvar bebê alce e acabou demitido
“Alguns dias depois, Misty conseguiu uma carona para um centro de reabilitação um pouco mais ao sul, onde eles vão deixá-la crescer um pouco antes de liberá-la de volta à natureza”, disse Skage, no Facebook.
Enquanto a vida de Misty foi salva, o emprego de Skage foi pelos ares. A AFD Petroleum reprovou o resgate da bebê alce, apesar de o caminhão não ter sido danificado.
A empresa alega que, por ser natural um urso tentar devorar um filhote de alce, a atitude do canadense seria uma interferência humana equivocada.
O lobo, o urso preto e o urso pardo são grandes predadores de filhotes de alce, no interior do Alasca e no norte do Canadá. As três espécies provocam grande parte das mortes dos alces.
Se não for caçado por outro animal (ou ser humano), o alce vive 20 anos — em média. “A AFD percebeu que eu estava em conflito grave com suas políticas de vida selvagem”, disse Skage.
Ainda de acordo com o canadense, a empresa decidiu, “dadas todas as suas opções, que me deixar ir era a melhor coisa. Portanto, a lição que aprendi foi que a AFD está bem em derramar combustível no solo, mas não em ajudar a vida selvagem”.
Fonte: revistaoeste