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Putin alerta sobre possível uso de bombas de fragmentação pela Rússia em resposta ao fornecimento de armamento dos EUA para a Ucrânia

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que seu país tem “um estoque suficiente” de bombas de fragmentação. Neste domingo, 16, em entrevista à TV estatal russa, o ex-agente da KGB afirmou que pretende usá-las contra a Ucrânia, caso o país vizinho utilize os mesmos armamentos.

Recentemente, Washington enviou bombas de fragmentação para Kiev, com o objetivo de ajudar os ucranianos a resistir à ofensiva russa.

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A mensagem de Putin é uma resposta sobre a Ucrânia ter recebido os caças F-16 dos Estados Unidos e ao anúncio do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em 11 de julho.

Naquele dia, Zelensky clamou pela criação de uma coalizão de 11 nações para treinar pilotos ucranianos. Segundo Putin, a atitude se configura uma “ameaça nuclear”.

“Claro, se forem usadas contra nós, nos reservamos o direito de tomar medidas recíprocas”, afirmou Putin, referindo-se às bombas de fragmentação.

O presidente russo disse considerar o uso de bombas de fragmentação “um crime”, razão por que a Rússia decidiu não usá-las. Contudo, a Human Rights Watch (Organização Internacional sobre Direitos Humanos) afirma que tanto Moscou quanto Kiev usaram munições do tipo.

No início de julho, os EUA confirmaram o envio de milhares de bombas de fragmentação para a Ucrânia. Washington atendeu a pedido de Zelensky, que alega querer usá-las apenas para desalojar concentrações de soldados inimigos.

Putin acusou anteriormente os EUA e seus aliados de travarem uma crescente guerra por procuração na Ucrânia.

Mais de cem países rejeitam a bomba de fragmentação

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Tanques Passaram A Circular Por Cidades Ucranianas | Foto: Shutterstock

Mais de cem países, incluindo o Reino Unido, a França e a Alemanha, assinaram um tratado internacional — a Convenção sobre Munições Cluster — que proíbe o uso ou o armazenamento desses artefatos em larga escala, em razão do seu efeito indiscriminado sobre as populações civis.

No entanto, assim como os Estados Unidos, nenhum dos dois países em conflito assinaram o tratado. Já no Brasil, essas armas são produzidas e exportadas.

Fonte: revistaoeste

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