Não há nada pior para um tutor de pet do que ver o seu bichinho sofrendo, não é mesmo? E quem tem um shih-tzu, pug ou bulldog sabe muito bem que esses animais têm uma predisposição maior a ferimentos na córnea. Na maioria dos casos, esses problemas necessitam de intervenções cirúrgicas com uma membrana comercial, importada e de alto custo.
Mas, graças ao avanço de uma pesquisa feita Universidade Federal do Ceará (UFC), o sofrimento desses pets está com os dias contados!
Liderados pela cirurgiã veterinária Mirza Melo, os pesquisadores do Programa de Medicina Translacional estão usando a pele da tilápia como um tratamento curativo. O objetivo é agilizar a regeneração de cães e gatos que passaram por intervenções cirúrgicas na córnea, inclusive em casos de perfuração.
Até agora, mais de 400 animais passaram pelo procedimento com a tecnologia e os resultados são bem positivos, viu? De acordo com Mirza, que realizou a pesquisa no mestrado, os pacientes tiveram o restabelecimento da visão. Incrível!
COMO É FEITO?
O tratamento é realizado com a matriz dérmica acelular (MDAPT) da pele da tilápia. Em palavras mais simples, a MDAPT é uma espécie de “lâmina de colágeno puro”. “Ela funciona como uma doadora de colágeno para essas estruturas (oculares) e promove o reparo e uma maior transparência na cicatrização”, explicou a pesquisadora.
Além do baixo custo, a pele de tilápia também tem outras vantagens, como ação de combate à dor e o fato de ser estéril, o que não promove a contaminação em situações em que a lesão já está infectada.
Assim, a recuperação do animal é mais tranquila. Um baita alívio para os tutores que não precisam trocar curativos o tempo todo!
A pesquisa focou mais em cachorros e apenas dez gatinhos foram testados (mas todos com sucesso). Mas calma! Os felinos são os próximos na lista de tratamento teste. Afinal, eles são mais suscetíveis a processos inflamatórios do que os cães, como explica a veterinária.
ESTUDOS, PRÊMIO E AVANÇOS
As pesquisas com pele da tilápia começaram em 2014, no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), vinculado à Faculdade de Medicina da UFC. A princípio, os estudos eram focados no desenvolvimento de um curativo para tratar queimaduras, úlceras varicosas e outras feridas até evoluir para a matriz dérmica.
Com o sucesso das pesquisas e resultados, a pele de tilápia passou a ser usada em outros casos, como reconstrução vaginal e redesignação de sexo (masculino para feminino).
Para você ter uma ideia do avanço desses estudos, em 2020 a pele de tilápia ajudou a recuperar centenas de vítimas da explosão que ocorreu em Beirute, no Líbano. Além disso, a pesquisa pioneira “A pele de tilápia: um novo biomaterial para tratamento de queimaduras, feridas, cirurgias ginecológicas e medicina regenerativa” ganhou o Prêmio Euro Inovação na Saúde, da indústria Eurofarma Laboratórios S.A, também em 2020.
Que orgulho dos pesquisadores desse país! Por mais e mais estudos que possam ajudar tanto humanos, quanto pets!
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Fonte: Agência UFC.
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Fonte: awebic