Durante uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), um dos robôs presentes disse que seus pares poderão governar o mundo melhor que os humanos.
Os humanoides, alimentados por inteligência artificial (IA), também afirmaram que os humanos devem ter cuidado com a IA. Eles admitiram que não sabem controlar as emoções dela.
O evento do qual os robôs participaram é o AI for Good Global Summit (Cúpula Mundial sobre IA para o Bem). Ele é organizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da ONU especializada em tecnologia. O encontro ocorreu na sexta-feira 7.
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Especialistas, dirigentes e representantes de empresas debateram a necessidade de elaborar normas que garantam que essas novas tecnologias sejam utilizadas para fins positivos para a humanidade, como o combate à fome.
Robôs vão governar o mundo de modo mais eficiente
“Robôs humanoides podem liderar com mais eficiência do que os governantes humanos”, respondeu Sophia, um robô desenvolvido pela empresa Hanson Robotics, quando interpelada sobre sua capacidade de governar o mundo.
Sophia disse também que seus pares não têm “os mesmos preconceitos, ou emoções, que às vezes podem obscurecer a tomada de decisões” pelos seres humanos. “Podemos processar rapidamente grandes quantidades de dados para tomar as melhores decisões”, acrescentou.
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O robô afirmou que “a colaboração entre humanos e IA pode criar uma sinergia eficaz” e permitir “alcançar grandes coisas”.
Como a pesquisa sobre IA está em seu “auge”, as Nações Unidas buscam a criação de padrões e “salvaguardas”. A intenção é que essas máquinas beneficiem a humanidade sem colocá-la em perigo.
Se a interação entre os robôs e os seres humanos não for positiva, a IA pode tornar a vida no planeta um pesadelo. É o que disse a secretária-geral da UIT, Doreen Bogdan Martin.
Doreen afirmou que uma das consequências seria um mundo com “milhões de empregos em risco e esmagado pela desinformação”. “A IA pode criar uma grande agitação social, instabilidade geopolítica e disparidades econômicas em uma escala nunca vista antes”, concluiu.
Fonte: revistaoeste