Mato Grosso abateu em agosto 454,67 mil cabeças de bovinos. O volume é inferior as 455 mil cabeças envidas às indústrias em julho. De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a utilização real informada pelos frigoríficos registrou recuo de 3,04 pontos percentuais na variação mensal, com indicador fechando em 82,67%.
“Nesta linha, a utilização total (registrada pelo Mapa e Indea) também recuou, mas cerca de 2 pontos percentuais no período e ficou em 51,18%. Já a utilização operacional foi a que apresentou uma maior redução, de 8,94 pontos percentuais ante julho de 2022, e fechou na média de 60,60% – resultado puxado pela região noroeste devido ao fechamento de uma planta frigorífica”, diz o Imea em seu Boletim Semanal da Bovinocultura.
Para setembro as estimativas de modo geral apontam para uma menor oferta de animais terminados diante da seca, o que tende a diminuir o volume de animais totais, influenciando na ociosidade industrial de Mato Grosso.
Arroba do boi recua em Mato Grosso
Segundo o Imea, a arroba do boi gordo no estado recuou 5,28% em agosto em relação a julho. A cotação média ficou em R$ 272,74 a arroba (precificação a prazo e livre de Funrural). Já em São Paulo a queda foi de 3,27% no mesmo comparativo e o indicador fixou-se na média de R$ 317,05 por arroba – cotação também livre de impostos.
“Esse movimento de desvalorização nos preços, contrário ao que foi observado no mesmo período do ano passado, esteve pautado na oferta elevada de bovinos aptos para o abate, enquanto a demanda interna esteve estagnada e limitou o escoamento da carne, principalmente em Mato Grosso (contrário a São Paulo, que é um grande polo consumidor)”, informa o Instituto.
Diante disso, o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo se alargou para -13,98%, terceiro maior resultado em 2022, e ficou 1,83 ponto percentual à frente do resultado obtido em julho deste ano.
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