A rede de laboratórios D’Or apresentou um centro de pesquisa em biologia molecular que já é considerado pioneiro na América Latina. O novo laboratório traz estrutura com potencial para aumentar a eficiência no tratamento contra o câncer no Brasil, isso porque até então as análises são enviadas para laboratórios especializados localizados no exterior — e os resultados dos exames podem demorar até 45 dias para ser entregues.
Os exames têm importância fundamental para o tratamento, porque apresentam aos médicos um panorama dos processos moleculares que ocorrem nas células cancerígenas. Isso permite o acompanhamento de alterações que levam ao desenvolvimento da doença. E os exames são importantes também para a elaboração de tratamentos personalizados.
Fernando Soares, diretor médico do Departamento de Anatomia Patológica da Rede D’Or São Luiz, disse ao portal G1: “A oncologia não se move sem esse tipo de exame. Boa parte dos pacientes oncológicos precisa deles para que se exerça a medicina personalizada. E, sem esses recursos, não há medicina personalizada”.
Soares explica que a biologia molecular permite escolher a melhor abordagem para o tratamento, porque, “por meio da análise do tumor do paciente, sabemos exatamente quais são as alterações genômicas. Cada vez que ele passar em consulta ou quando o oncologista achar que é necessário, é colhida uma amostra do sangue para pesquisar se essa alteração genômica está presente na circulação sanguínea. Geralmente, essas alterações genômicas no sangue precedem a volta do tumor”.
Exame inédito no Brasil
O laboratório permite ainda a realização do Teste para Doença Residual Mínima (DRM), procedimento oferecido no Brasil de forma inédita. O exame oferece a possibilidade da identificação precoce da presença de um genoma tumoral na circulação sanguínea do paciente. Assim, com a nova tecnologia, os pacientes oncológicos terão acesso a outros exames de biologia molecular, como teste de biópsia líquida, teste de clonalidade, perfil de metilação para classificação dos sarcomas e outros.
A tecnologia que permite um tratamento mais eficiente contra o câncer estará disponível nas 55 clínicas oncológicas e nos 72 hospitais que fazem parte da Rede D’Or no Brasil. Todos os dados genômicos e clínicos colhidos no laboratório ficarão armazenados em um banco de dados. Assim, no futuro, será possível analisar o caso concreto de cada paciente em sua luta contra o câncer.
Fonte: revistaoeste
