Durante conferência do Banco Central Europeu (BCE), a vice-diretora do FMI, Gita Gopinath, afirmou que a inflação global está mais resiliente do que o esperado, e os bancos centrais, especialmente na Europa, provavelmente terão de tolerar níveis elevados por um período prolongado. A reunião da instituição financeira ocorreu nesta terça-feira, 27.
Segundo Gopinath, os bancos centrais podem ajustar sua função de reação e aceitar uma inflação mais alta por mais tempo. Ela alertou sobre o fato de que a taxa está demorando muito para atingir a meta de 2%, o que aumenta o risco de se tornar persistente.
A dirigente do FMI ressaltou a importância de o BCE e outros bancos centrais se prepararem para reagir vigorosamente aos sinais de resiliência da inflação, mesmo que isso resulte em um desaquecimento adicional da economia.
“Estamos ingressando em um período em que temos de reconhecer que a inflação está levando tempo demais para baixar para a meta”, alertou a vice-diretora do FMI. “Essa é minha primeira verdade incômoda. E isso significa que corremos o risco de a inflação se enraizar.”
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Aumento de juros
Na última reunião do BCE em 15 de junho, o comitê de política monetária anunciou o oitavo aumento consecutivo dos juros. A taxa de refinanciamento subiu para 4%, a taxa sobre depósitos avançou para 3,5% e a taxa sobre empréstimos marginais foi para 4,25%.
A elevação da taxa de juros é a principal ferramenta utilizada pelos bancos centrais para conter a inflação e controlar a economia.
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Fonte: revistaoeste