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Ciência & Saúde

7 dicas para trabalhar a autoaceitação e olhar com carinho para si

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O ato de se conhecer e amar-se primeiro é fundamental para obter qualidade de vida e uma rotina de autocuidado. Enxergar suas forças e fraquezas e entender suas imperfeições gera uma liberdade individual que lhe permite viver sem medo da sua autenticidade. Isso é autoaceitação! Para esclarecer as dúvidas acerca do tema confira o que diz a psicóloga Yanna Cano de Oliveira Toneatti (CRP 06|162600).

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O que é a autoaceitação

Conforme a psicóloga, a autoaceitação está diretamente relacionada com a percepção que um individuo tem sobre si mesmo, seu autoconhecimento. Yanna explica que o ato de se aceitar vai além do sentimento de autoestima e amor-próprio. “A autoaceitação permite que você se sinta bem com você, mesmo com frustrações. É se entender e aceitar tanto as coisas boas como as falhas, não é algo estagnado”, explica a profissional, que ainda complementa “se aceitar é entender haver coisas boas e ruins, mas que isso, em si, não é ruim”.

A terapeuta afirma também que o processo de autoconhecimento que constrói a autoaceitação envolve mudanças necessárias para a evolução individual. Segundo Yanna, “quando nos aceitamos, criamos responsabilidade sobre nossas ações e modo de ser, o que nos proporciona a oportunidade de mudança”. Contudo, a psicóloga ressalta que as mudanças não são um impedimento do exercício do amor-próprio e sim um ato de liberdade e autenticidade: “você pode se aceitar e continuar mudando sempre, isso é amor por quem você é”.

Outra questão relevante a ser colocada em pauta, são impactos causados pelas redes sociais na era tecnológica. A profissional afirma que as mídias sociais podem muitas vezes influenciar a autoaceitação dos indivíduos, principalmente para o público feminino. “Quase sempre há comparação e modelos a seguir. Nunca será possível se enquadrar perfeitamente em um modelo porque cada pessoa é única”, afirma. Além disso, Yanna pontua sobre o sofrimento psíquico que envolve os padrões impostos e faz um apelo, “por favor, saiam dessas caixinhas, há muita coisa que não cabe lá e isso é maravilhoso”.

Autoaceitação X autoestima

Será que autoaceitação e autoestima representam a mesma coisa? Por conta da semelhança entre essas duas palavras pode ocorrer uma pequena confusão em relação a seus significados, mas Yanna pontua que há diferenças.

Segundo a psicóloga, apesar de a autoestima estar relacionada com a autoaceitação, elas não são a mesma coisa. A primeira diz respeito ao valor que um individuo dá a si mesmo, o que geralmente envolve certas avaliações sobre sua aparência, comportamento, relacionamentos, etc. Enquanto a segunda tem a ver com os sentimentos que a pessoa tem sobre si. “A autoestima pode ser afetada se algo não sai como o esperado ou quando há algo que não gosta em você, etc., e é aí que entra a autoaceitação. Se a pessoa se aceita como é, entenderá que aquilo não precisa ser maior que ela”, explica a profissional.

A psicoterapeuta ressalta que “a autoaceitação ajuda a manter nossa autoestima equilibrada”. Dessa forma, é possível compreender que enquanto a autoestima pode sofrer oscilações ao longo do tempo, a autoaceitação envolve autoconhecimento e consequentemente a confiança sobre ser quem você é.

7 dicas de como trabalhar a autoaceitação e exercer o amor-próprio

Engana-se quem pensa que a autoaceitação não pode ser desenvolvida e trabalhada. Como a psicóloga afirmou acima, o processo de se aceitar “não é algo estagnado”, por isso que ela listou uma série de dicas que poderão te auxiliar nessa jornada de evolução pessoal. Confira:

Lembre-se que você é única

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Compreender a sua subjetividade e diferenças é o primeiro passo para o processo de autoaceitação, afinal, a imposição de padrões muitas vezes podem confundir a percepção que você tem sobre si. “Comece fazendo o exercício diário de lembrar que você é única, e isso não é ruim. Só você pode aprender o que é bom ou ruim para você, então comece a se desfrutar”, recomenda a profissional.

Cuidado com as comparações

Se comparar a outras pessoas é um péssimo hábito para quem deseja trabalhar a autoaceitação, e é exatamente por isso que a psicóloga ressalta: “pare de se comparar! Ou pelo menos seja mais realista nas comparações”. Yanna explica ainda que comparar seu corpo, aparência ou desempenho pode causar muito sofrimento psíquico, visto que cada pessoa é única e deve ter o seu próprio ritmo e experiências dentro da sua realidade pessoal.

Se responsabilize pela sua vida

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A psicoterapeuta explica que “quando culpamos outras pessoas, situações ou coisas não há o que fazer, mas quando tomamos responsabilidade temos a escolha de mudar”. Ser responsável pelas suas atitudes auxilia no autoconhecimento e no desenvolvimento de sua individualidade, tendo em vista que quando se é seguro de seus atos, a opinião externa tem menos probabilidade de gerar impactos negativos.

Reflita sobre sua autopercepção

Muitas vezes você pode não se dar conta do motivo pelo qual se percebe ou age de maneira negativa consigo e é por isso que uma autoavaliação se faz importante. “Se questione, por que estou me sentindo desse jeito? O que posso fazer? Como lidar com isso?”, indica a psicóloga. Ela explica que a partir desses questionamentos a pessoa pode compreender melhor suas escolhas de vida. Segundo a profissional, “você tem o poder de escolher o que fazer. Quando outras coisas nos afetam, sempre temos a escolha de como lidar com isso”.

Tenha empatia por si mesma

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Controle a autocrítica e pegue leve com você. A cobrança excessiva e o rigor atrapalham o processo de aceitação e geram sofrimento. “Aprenda a se ouvir e falar com você da mesma maneira que faz com quem você se importa” recomenda a psicóloga que também pontua: “geralmente somos mais gentis e bons ouvintes com os outros e mais exigentes e duros conosco”.

Atente-se ao que te cerca diariamente

A profissional recomenda mais atenção no cotidiano. Coisas como um comentário de algum conhecido, uma publicação nas mídias sociais ou uma cena na TV podem exercer uma influência negativa na sua autopercepção. Por isso, Yanna indica: “consuma conteúdos que te faça crescer e não te diminuir. Da mesma maneira, se cerque de pessoas que te ajudem a crescer, e não te machucar”. É essencial cercar-se de coisas e pessoas construtivas em um processo de evolução!

Faça psicoterapia

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Mesmo fazendo uma autoanálise diária e cuidado de você mesma, é de extrema importância realizar um acompanhamento psicoterapêutico nesse processo. Uma autopercepção negativa e a baixa autoestima, corroboram para o sofrimento psíquico e atrapalha na qualidade de vida. “Procure ajuda profissional, faça psicoterapia. Não espere explodir para limpar e arrumar tudo. Vá antes, assim não haverá tanto sofrimento e poderá aprender muito a como lidar com frustração e desfrutar sua vida”, pontua a psicóloga.

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Além disso, Yanna deixa um recado importante: “lembre sempre que cada pessoa é única, então o modo de lidar e viver é a pessoa que precisa encontrar e aprender, mas sempre com ajuda, paciência, lembrando que é um processo e com metas realistas”, e finaliza “O amor não é reservado para o que é perfeito para o mundo, é o que é perfeito para você”.

Aceitar-se é algo incrível e transformador. Respeite quem você é, se ame, se acolha, se satisfaça! E se ainda estiver precisando de uma forcinha para trabalhar a autoaceitação, confira também essas excelentes dicas sobre autoestima!

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

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