As festas de São João também são comemorações festivas e cheias de atividades para as crianças – elas vão amar essas histórias de Festa Junina para ler.
A leitura é fundamental para a diversão e educação das crianças e as festividades de São João são ótimas oportunidades para animar e unir mais as crianças com os amigos e familiares.
Foi pensando nisso que selecionamos ótimas histórias de Festa Junina para contar para as crianças – elas vão adorar essas lindas histórias e personagens para festejar o São João.
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5 histórias de Festa junina crianças
Com certeza as crianças vão amar e se divertir com essas lindas histórias de Festa Junina. Aproveite essa oportunidade para contar lindas histórias de São João para comemorar a data.
1 – A vida no sertão é feliz ou não? (Dalila Jucá)
No alto da estaca, galo Carijó afina a goela: có, có, có, ró, có!
Glu, glu, glu, glu, glu, faz peru Monteiro, bastante animado, roda no terreiro. Já levanta e muge, o boi Nicolau: mu, mu, mu, mu, muuu… vem lá do curral. Na cacimba ao lado, cururu José pula, pula, pula, lava seu chulé.
Tereza, a galinha no ninho arrumado, recebe a visita do pato Mimado. Bem longe dali, abelha Raquel começa seu dia, fabricando mel. Ligeirinho corre, o peba João com suas patinhas cavucando o chão. Na poça de água, juriti Candinha já está com sede, bebe água fresquinha.
Junto à filharada, cabra Marizé pinota, pinota: Bé, bé, bé, bé, bééé! Rápida e faceira, lagartixa Neide corre, corre, corre, sobe na parede.
Lá no milharal, jumentinha Amália vai roendo a espiga, mastigando a palha. Tocando guitarra, a cigarra Lia canta em sol maior. Ai, que alegria! A cobrinha verde, lá no catolé, rasteja, rasteja, já que não tem pé.
Junto à filharada, cabra Marizé pinota, pinota: Bé, bé, bé, bé, bééé! Au, au, au, au, au, late o cão Alberto, espantando a vaca que chegou bem perto. Acordaram todos. E gato Mundinho? No fogão à lenha, esquenta o focinho.
2 – O calango violeiro e a cigarra valente (Maria dos Santos)
Aconteceu no sertão, nos idos de antigamente, esta estranha confusão que narro neste repente. Um calango violeiro encontrou em um terreiro uma cigarra valente.
Fugindo do sol a pino, pelo pingo de meio-dia, o calango Tangorino começou uma cantoria, dedilhando mansamente sua viola, bem contente pra fazer uma poesia.
Mal começou o seu canto, escutou uma voz bravia: Quem é você, por encanto? Que faz nesta freguesia? Era uma cigarra bonita, toda enfeitada de chita, que numa moita dormia. Tangorino foi dizendo:
Senhorita, olhe só, estou apenas fazendo uns versos de rima em pó… Nisso foi interrompido Com um grito de estampido: Vá cantar pra sua avó!
Cantoria, só a minha, em todo este sertão, pois eu é que sou a rainha. De canto, de louvação, nunca que ouvi dizer um calango poder ter a divina inspiração. Se arranque… Dê o fora! Vá cantar noutro lugar, pois já passou foi da hora!
Estou querendo descansar. Se você não obedecer, eu juro que vou descer e a sua viola quebrar. Oxente, vixe-maria! Que cigarra mais valente!
Eu mesmo é que não sabia que aqui tinha um tenente. De onde vem o general, presidente maioral, pra querer mandar na gente? Pois continue cantando, zoadando, para ver sua viola eu quebrando. Vou fazer você comer.
Tenho é pena da fadiga da grande dor de barriga que você vai conhecer. Quero é ver no meu cantar. Você mandar ou mexer! Mexo não? Se dedilhar a viola, eu vou descer…
Agora eu vi desencanto. Eu canto em todo canto, para o mundo conhecer. A confusão aumentou, se espalhou na mataria. Num instante se juntou uma grande romaria de bicho, só para ouvir a cigarra discutir com um calango, em cantoria.
Os briguentos só notaram a multidão que havia, quando dois sapos gritaram: Isso sim é que é poesia! Ouviu-se um assobio: Que bonito desafio! Era o coro que se ouvia.
Tangorino sorridente, disse assim pra multidão: essa cigarra valente possui muita inspiração. Vai entrar para a história, gravar seu nome na glória do repente do sertão.
A cigarra, sem querer, finalmente percebeu que era bonito de ver o improviso que se deu. A briga foi em poesia e a sua bonita cantoria o calango respondeu. E assim ela abraçou o calango violeiro, pediu desculpa e cantou com ele o dia inteiro. Foi uma festa animada até alta madrugada, sem igual, sem paradeiro.
3 – A lenda da fogueira de São João
Reza a lenda que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso, costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora e contou-lhe que em breve nasceria seu filho, que se chamaria João Batista. Nossa Senhora então perguntou:
Como poderei saber do nascimento dessa criança?
Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com uma boneca sobre ele.
Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas.
Foi à casa de Isabel e encontrou o menino João Batista, aquele que mais tarde batizaria Jesus e seria um dos santos mais importantes do catolicismo. Isso se deu no dia 24 de junho.
4 – O pequeno São João Batista
Desde pequeno, João já sabia que tinha uma tarefa a cumprir. Ele passava seus dias no deserto, orando e se preparando para o que estava por vir.
Seu coração estava cheio de amor e alegria, e ele sabia que deveria espalhar esses sentimentos para todas as pessoas.
João cresceu forte e corajoso, e sua fama se espalhou por toda a região. As pessoas vinham de longe para ouvir suas palavras de esperança e receber seu batismo. João ensinava que todos deveriam se arrepender de seus erros e buscar uma vida melhor, mais amorosa e justa.
Um dia, Jesus veio até João para ser batizado. João, humildemente, disse a Jesus que não era digno de fazer aquilo, mas Jesus insistiu.
Assim que Jesus saiu da água, algo incrível aconteceu: uma pomba branca desceu dos céus e uma voz celestial disse: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo”.
A partir daquele momento, João sabia que sua missão estava cumprida. Ele havia preparado o caminho para Jesus e testemunhado seu batismo. João continuou pregando, mas sabia que sua importância estava naquela missão inicial.
As pessoas o amavam e seguiam seus ensinamentos. Elas o chamavam de São João Batista, honrando seu papel como precursor de Jesus.
Mesmo depois de sua morte, a memória de São João Batista continuou viva, e ele se tornou um dos santos mais queridos e celebrados.
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5 – O elefante que salvou a festa junina (Lívia Alencar)
“ERA UMA VEZ um elefante que certo dia recebeu um convite para a Festa Junina da Floresta. No caminho para a festa ele encontrou o macaco, o cachorro, a onça e a girafa.
Todos foram juntos alegremente para a Festa Junina da Floresta. Ao chegarem lá, viram que a festa estava lotada de animais e que havia várias barracas de jogos e uma fogueira bem no meio.
Também tinha muita comida boa, como canjica, bolo de milho, pipoca, pé de moleque… O elefante logo começou a comer e, como é muito comilão, não parava mais.
Os outros animais ficaram preocupados porque, comendo naquele ritmo, logo o elefante ia acabar com a comida da festa. Então os animais se reuniram e o macaco logo sugeriu:
É melhor expulsarmos o elefante da festa, senão não vai sobrar comida pra mais ninguém. Os outros animais concordaram e foram falar com o elefante. Mas bem nesse momento ouviu-se um latido desesperado!
O cachorro estava latindo porque uma das barracas começou a pegar fogo! Foi uma faísca da fogueira que caiu na barraca e o fogo começou a se espalhar rapidamente.
Ah, não! Teve início o maior alvoroço. Os animais corriam cada um para um lado. Mas quando o elefante viu o que estava acontecendo, ao invés de tentar fugir, teve uma brilhante ideia:
Ele caminhou até um rio que havia ali perto, encheu sua tromba de água e espirrou toda a água sobre as chamas, que logo se apagaram.
Ufaaa! Os animais suspiraram aliviados e juntos gritaram: “Viva o elefanteee!” E, para comemorar, dançaram uma quadrilha super animada em volta do elefante!
E passaram a noite toda dançando e festejando. Foi assim que o elefante se tornou o grande herói da inesquecível Festa Junina da floresta!”
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Fonte: awebic