As Ilhas Faroé mataram mais de 500 golfinhos desde que sua caça, controversa, foi retomada, em maio deste ano. As autoridades do país confirmaram a informação nesta quinta-feira, 15.
Na tradição das Ilhas Faroé, conhecida como “grind“, os caçadores cercam os golfinhos com um amplo semicírculo de barcos de pesca e os conduzem para uma baía rasa, onde são encalhados. Na praia, os pescadores usam facas para matá-los.
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As imagens da caçada ganham destaque em todo o mundo e provocam indignação entre os defensores dos direitos dos animais.
“Ontem, houve dois grinds — um com 266 capturas e outro com 180, de acordo com os primeiros relatórios”, disse à AFP um porta-voz do governo das Ilhas Faroé.
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Os dois “grinds”, que envolveram uma espécie de golfinho conhecida como baleia-piloto, elevam para cinco o número de “grinds” nesta temporada.
Morte de golfinhos gerou protestos nas Ilhas Faroé
A caça ainda goza de amplo apoio nas Ilhas Faroé. Lá, os defensores dessas práticas afirmam que os animais alimentam a população local há séculos. Também acusam a mídia e as ONGs estrangeiras de desrespeitarem a cultura e as tradições locais.
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Os pescadores normalmente matam cerca de 800 baleias-piloto por ano. Em 2022, o governo limitou para 500 o número de golfinhos-de-cara-branca do Atlântico que poderiam ser mortos por ano. Isso ocorreu depois que uma caça resultou em 1,4 mil mortes de golfinhos.
Revista Oeste, com informações da AFP
Fonte: revistaoeste