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Descubra a verdade por trás do gif viral da felicidade – ele é autêntico ou uma farsa?

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É possível capturar a bioquímica da felicidade em vídeo? A princípio, sim. É o que mostra um gif que voltou a circular nas redes sociais recentemente. Trata-se de uma molécula de proteína “caminhando” ao longo de um filamento enquanto carrega uma grande esfera sobre os seus ombros. A animação, criada em 2006, tornou-se uma das postagens de ciência mais amplamente compartilhadas na internet.

Tendência on-line desde 2014, o gif continua a receber bastante atenção quando é compartilhado nas redes sociais. Muitas publicações sugeriram que a animação era a representação da própria felicidade: a miosina transportando endorfinas no cérebro. Mas será verdade? Objetivamente, não. John Liebler, artista, médico e o principal criador do vídeo original, explicou a história real, em 2014.

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Origem do gif da felicidade

Liebler e uma equipe de técnicos criaram a animação de computador 3-D, em 2006. A ideia original era apresentá-la durante uma aula de biologia sob o título de “The Inner Life of the Cell”, (“A vida interna da célula”, em tradução livre do inglês). O projeto foi desenvolvido em colaboração com dois pesquisadores da Universidade Harvard, Robert Lue e Alain Viel.

O projeto original era levar o espectador “a uma jornada pelo mundo microscópico de uma célula, ilustrando mecanismos que permitem que um glóbulo branco sinta o ambiente e responda a um estímulo externo”.

O gif viral foi baseado num trecho do vídeo que começa em aproximadamente 1:14. De fato, a animação original mostra uma proteína cinesina “arrastando” uma bolsa chamada vesícula ao longo de um microtúbulo. Cinesinas são proteínas motoras responsáveis por transportar “cargas”, e os microtúbulos são os suportes estruturais internos presentes nas células.

Não se trata, portanto, da felicidade capturada em vídeo; mas os movimentos da cinesina instigaram a imaginação dos internautas. Liebler conclui: “A proteína motora cinesina roubou a cena em Inner Life, embora nem estivesse no tratamento original do curta”.

Fonte: revistaoeste

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