Lançado em 1937, Branca de Neve e os Sete Anões sempre será reverenciado como o primeiro longa-metragem de animação da Disney. Mas o que poucos parecem lembrar é que, em 1940, o estúdio chegou aos cinemas com Pinóquio. Sim, a jornada do boneco de madeira que sonha em virar um menino de verdade foi a segunda produzida pela Casa do Mickey – e agora, 82 anos depois, ganhou uma versão live-action para chamar de sua.
Com um Tom Hanks grisalho na pele de Gepeto, a releitura estreou na última quinta-feira (8), diretamente no Disney+. A maior parte do elenco é de dubladores, entre eles Benjamin Evan Ainsworth (Pinóquio), Joseph Gordon-Levitt (Grilo Falante) e Keegan-Michael Key (João Honesto). Mas também há duas estrelas que aparecem de fato em cena: Cynthia Erivo como a Fada Azul e Luke Evans como o Cocheiro.
Responsável por encarnar um dos grandes vilões da trama – ao lado de Stromboli (Giuseppe Battiston) –, Luke conversou com o AdoroCinema (veja na íntegra) sobre voltar a gravar um remake da Disney após o papel de Gaston em A Bela e a Fera (2017). Para o ator e cantor galês, a escolha de reviver o desenho de 1940 – baseado um personagem originalmente criado em 1883, pelo italiano Carlo Collodi – foi acertada.
“A história ainda ressoa nos dias de hoje”, diz Luke. “Esta é a magia dos contos de fadas: eles duram, resistem ao teste do tempo. Justamente porque transmitem mensagens importantes por meio da fantasia, ajudando as crianças a entenderem as morais da vida.”
“Sabemos que, no caso de Pinóquio, ele toma decisões questionáveis e se envolve com as pessoas erradas. É por meio dessas experiências que ele aprende lições bem difíceis”, continua Luke. “Mas há muita esperança no filme, e ele acaba sendo guiado por pessoas legais, do bem.”
Se em A Bela e a Fera o astro soltou a voz, em Pinóquio ele repete o feito. A produção traz quatro músicas inéditas além das clássicas “When You Wish Upon a Star” e “I’ve Got No Strings” – e uma delas exclusiva para Luke. Na sequência intitulada “The Coachman to Pleasure Island”, ele dirige uma charrete lotada de crianças que desejam se divertir na Ilha dos Prazeres, sem imaginar que o preço final é se tornarem literalmente burros.
“Algumas histórias funcionam muito bem no gênero musical”, avalia Luke. “Eu amo fazer isso, realmente gosto. Porque sou cantor, amo dançar e amo contar histórias. Quando essas três coisas se juntam em uma só, é uma grande alegria”, confessa.
Efeitos especiais são sempre um assunto polêmico – ainda mais após a enxurrada de críticas negativas que o live-action de O Rei Leão (2019) recebeu por sua abordagem hiper-realista. Diferentemente da história de Simba, Pinóquio tem alguns personagens humanos, porém conta com vários animais “humanizados”, como o Grilo Falante, a raposa João Honesto e o gato Gideão. E, claro, o próprio Pinóquio é um brinquedo.
Nada disso é novidade para Luke. Afinal, ao longo de sua carreira ele teve a oportunidade de “trabalhar” com diversas figuras em CGI. Por exemplo, a Fera interpretada por Dan Stevens; ou o dragão Smaug de O Hobbit, cuja voz e movimentos vieram de Benedict Cumberbatch. “Muitos dos personagens com quem contracenei não estavam de fato lá. E alguns eram muito pequenos, como os Anões em O Hobbit”, brinca Luke, contando em seguida mais detalhes sobre esse tipo de filmagem:
O Pinóquio era menor ainda. Às vezes, quando ele não estava lá, tínhamos uma imitação dele que ficava sentada. Não se movia, obviamente. Era só para ter a linha dos olhos. Mas sim, você precisa usar sua imaginação. Tudo é uma fantasia, então sua imaginação tem que funcionar em potência máxima.
Quer saber o que mais Luke Evans falou sobre as filmagens de Pinóquio? Será que ele conseguiu tietar Tom Hanks nos bastidores, já que infelizmente não tiveram cenas juntos? E como será que ele se saiu no nosso quiz temático da Casa do Mickey? Será que prefere vilão ou herói, Disney ou Pixar, live-action ou animação?
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