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Fashion

São Paulo sedia a 1ª edição do Africa Fashion Week Brasil, evento que promove a diversidade cultural e a moda africana.

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A África não é um país. É um continente com mais de 50 países que, para além dos seus problemas estruturais de conflitos e pobreza, exporta pro mundo uma diversidade de culturas, riquezas, e moda. E o Brasil, país que tem maioria negra em sua população, é o local ideal para esse intercâmbio.

Depois de 12 anos, o Africa Fashion Week – considerado um dos eventos de moda mais importantes do Reino Unido e da Nigéria (país africano que dita a moda do continente africano) – teve sua primeira edição aqui no Brasil. Durante três dias (25, 26 e 27 de maio), o Expo Center Norte na zona norte de São Paulo recebeu expositores e estilistas brasileiros e africanos, além de colocar na a oportunidade de entre os dois países sob o olhar da moda.

“O Africa Fashion Week Brasil faz parte do circuito African Fashion Week London e African Fashion Week Nigeria, que foi idealizado e fundado pela Rainha Ronke Ademiluyem em 2011. Os 135 passos da diáspora africana é o tema do AFW Brasil, em referência aos 135 anos de escravidão vigentes desde a promulgação da Lei Áurea, na perspectiva de unir forças em prol de uma efetiva libertação.”, conta Silvana Saraiva, organizadora do evento e presidente do Instituto Feafro.

A Rainha Ronke Ademiluyi de Ilé-Ifé da Nigéria marcou presença no evento e participou também do fechamento da última noite de desfiles. Ela conversou com a CNN Brasil sobre a importância de trazer esse evento ao Brasil e esse intercâmbio importante entre os dois países. Dezessete estilistas brasileiros e africanos desfilaram suas coleções nestes dias.

Dentre eles, a britânica London, designer de moda reconhecida como uma das principais estilistas internacionais em todo o mundo; e os irmãos baianos Céu Rocha e Júnior Rocha, da marca Meninos Rei, que nasceu no subúrbio ferroviário de Salvador em 2015 e já ganhou o mundo nas das principais semanas de moda.

Sem perder as influências ancestrais da arte africana, os estilistas encantaram o público  da última noite –  que lotou  a sala de desfiles  – com muito brilho, transparência, cores vibrantes mas clássicas também. Uma noite para mostrar todo o luxo e exuberância que a moda africana tem.

Diverso e inclusivo, o AFWB trouxe a diversidade para essa edição – na passarela, nos expositores, backstage e dentre os estilistas. Com uma equipe quase 100% formada de pessoas negras, mulheres, LGBTQIAP+, o vice-presidente do evento e responsável pelo casting Cruz, que também é modelo internacional, teve como premissa trazer essa representatividade para o evento.

Ele, que está presente nas principais passarelas das semanas de moda do mundo e responde pelo casting de grandes marcas, contou à CNN que ainda é preciso avançar muito na representatividade nas passarelas mas trazer esse evento ao Brasil é forma de mostrar toda a potência do povo negro.

Fonte: cnnbrasil

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