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Desencontro na agenda de Lula e Zelensky impede tão esperada reunião, afirma governo da Ucrânia.

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O vice-chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Ihor Zhovkva, afirmou que o encontro entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ucraniano Volodymyr Zelensky durante a cúpula do G7 não aconteceu por causa de um “descompasso de agenda”. A declaração aconteceu nesta terça-feira, 23, em entrevista a uma rádio ucraniana, e vai contra a versão brasileira – de que o Planalto disponibilizou várias opções de horários para Zelensky, mas que ele não apareceu.

Zhovkva lembrou ainda que o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim, fez uma visita recentemente a Kiev, onde foi recebido por várias autoridades, incluindo o presidente ucraniano, e disse que acredita que os líderes de ambos os países desejam realizar um encontro bilateral.

No entanto, o vice-chefe do gabinete de Zelensky também reafirmou que o governo ucraniano quer negociar a paz com base em uma proposta própria – ou seja, não a brasileira.

“Nada aconteceu com o presidente do Brasil. Na diplomacia, existe uma incompatibilidade de cronograma”, disse Zhovkva. “Acho que haverá uma oportunidade em plataformas internacionais relevantes para falar sobre como o Brasil realmente vê o que está acontecendo na Ucrânia.”

Ele acrescentou: “Se este país apresentar propostas de paz apropriadas, deve entender que essas propostas devem formar a base ou fazer parte do plano ucraniano, a fórmula ucraniana para a paz”.

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De acordo com o governo brasileiro, Zelensky solicitou uma reunião com Lula, mas não apareceu nem forneceu explicações para a ausência. Os dois presidentes ainda podem se encontrar durante a Cúpula de chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia em julho, na Bélgica.

Lula propôs a criação de um clube de países não diretamente envolvido para mediar a paz na guerra na Ucrânia. Porém, aliados ocidentais, como Estados Unidos e alguns membros do bloco europeu, esperavam uma posição mais dura do Brasil contra a Rússia no conflito.

Fontes envolvidas nas negociações entre os dois países acreditam que um dos sinais de que a Ucrânia prioriza a relação com o Brasil foi a nomeação do vice-chanceler do país (Andrii Melnyk) para ser o novo embaixador ucraniano em Brasília. Melnyk foi aceito pelo governo brasileiro no dia em que Amorim esteve em Kiev, onde também se reuniu com o assessor de Lula.

Fonte: Veja

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