O desemprego aumentou entre todas as idades adultas no primeiro trimestre do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa chegou a 18%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira, 18.
Essa faixa etária havia encerrado 2022 com taxa de desemprego de 16,4%. 8,3 pontos percentuais abaixo da taxa do fim de 2021.
A taxa de desocupação média no país foi de 8,8% no primeiro trimestre deste ano: aumento de 0,9 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2022 (7,9%).
Desemprego: Haddad culpa taxa de juros
Já entre pessoas de 25 a 39 anos, o desemprego aumentou de 7,1% no quarto trimestre de 2022 para 8,2% no primeiro trimestre de 2023.
Entre as pessoas de 40 a 59 anos, o desemprego aumentou de 5,3% a 5,6%. Entre 60 anos ou mais, foi de 3,4% a 3,9%.
As mulheres são as que mais sofrem com a taxa de desemprego. Entre elas, subiu de 9,8% no quarto trimestre de 2022 para 10,8% no primeiro trimestre deste ano. Entre os homens, o índice de desocupação passou de 6,5% para 7,2%.
Os Estados mais afetados com o desemprego são Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Já os que têm menos pessoas desempregadas são Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em mais uma ofensiva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, culpou a taxa de juros pelo desemprego. “As taxas de juros subiram no Brasil, a 13,75%”, disse Haddad. “Nós estamos falando de quase 1 ano de uma taxa real de juros bastante expressiva. Então é natural que a economia sofra uma desaceleração”, completou.
Mas o economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, discorda. “Sempre no começo do ano tem esse aumento, ou seja, não dá para dizer que os números são por conta da política monetária”, disse Pacheco, em entrevista à CNN.
Fonte: revistaoeste