Foi na saída da Gruta do Lago Azul, em Bonito, que a cantora Rita Lee avistou um gatinho frajolinha, como são chamados os de duas cores, preto e branco. Conhecidamente apaixonada por animais, ela não hesitou em pegá-lo no colo, posar para fotos e ainda oferecer comida. Tudo ali, entre amigos, mas que ficou na história pelas lentes da fotógrafa campo-grandense Elis Regina Nogueira.
A cantora visitou Bonito, cidade distante a 283km de Campo Grande, para participar do Festival de Inverno, em 2007. Na época, um amigo pessoal de Rita, Carlos Bertão, acompanhou a família até alguns pontos turísticos, e Elis perguntou se poderia fotografar. Do sim em diante, restaram imagens lindas da diva do rock deslumbrada com a beleza da cidade sul-mato-grossense.
“Foi uma experiência muito incrível para mim. Tenho dois grandes ícones do rock que eu sou super apaixonada e me inspiro, justamente pela irreverência, exatamente pela criatividade e pela provocação deles como artistas e como cidadãos, que é a Rita Lee e o Mick Jagger. Tive o privilégio de ver o show dos Rolling Stones, cuja abertura foi a Rita”, relembra Elis.
Em Bonito, o contato com a artista foi além do palco. No dia do passeio, Rita estava acompanhada do marido e grande amor da vida dela, Roberto de carvalho, da irmã e do filho.
“A gente andou na gruta, ela ficou super interessada, no final, como sempre foi uma pessoa irreverente, eu lembro que ela disse que faria uma brincadeira com o Roberto, mas que achava que não iria colar, porque ele já a conhecia. Tentou fingir que estava passando mal, torcido o pé, não lembro direito, mas ele não caiu. Deu para perceber que ela tinha muito bom humor”, relembra a fotógrafa.
Foi na saída da gruta que Rita viu o gatinho. “Ela já pegou o gato no colo. Sentamos em uma mesa para tomar água e ela ficou dando comidinha para ele. Essa foto eu acabei dando de presente para uma amiga minha, que é enlouquecidamente apaixonada pela Rita e, inclusive, hoje está bem mal com a partida dela”, frisa.
Dali, o grupo seguiu para o Aquário Natural, mas Rita não quis mergulhar. “Eu fiquei no barco com ela, a gente não mergulhou, ela não quis. Enquanto isso, ela e a irmã começaram a contar histórias de quando eram crianças”.
De noite, Elis ainda teve o privilégio de jantar ao lado de Rita, na casa do amigo que as duas mantinham em comum.
“Ficamos na varanda, conversando, fiquei fumando um cigarro com ela, na época eu ainda fumava. No outro dia, eu fui fotografar o show, foi uma experiência muito enriquecedora de ficar pelo menos um dia ao lado dela. São as pequenas experiências da vida, mas que tem um valor que não tem medida”, diz, emocionada a fotógrafa.
Fonte: primeirapagina
