O tribunal popular intermediário de Suzhou, na China, anunciou nesta segunda-feira, 15, a condenação à prisão perpétua de John Shing Wan Leung, um cidadão americano de 78 anos, por acusações de espionagem.
O estadunidense Leung tinha residência permanente em Hong Kong e foi detido pela primeira vez em abril de 2021 pelos serviços de segurança chineses. Além dos anos de prisão, sua sentença também incluiu a privação dos direitos políticos pelo resto da vida e o confisco de bens pessoais no valor de 500 mil yuans (US$ 72 mil).
A maioria dos casos de espionagem na China são tratados quase sem transparência e os julgamentos são conduzidos em segredo, além dos longos atrasos entre as condenações e sentenças. Além disso, cerca de 99% dos casos são condenados segundo o sistema de justiça da China.
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Neste mês, com as emendas à lei antiespionagem chinesa já em vigor, o risco para indivíduos e organizações estrangeiras que operam no país foi drasticamente ampliado. Ainda não está claro do que Leung é acusado. Segundo a mídia de Hong Kong, no passado, ele foi presidente da filial do Texas da Associação para a Promoção da Reunificação Pacífica da China (APPRC).
As APPRCs de nível nacional e estadual operam em todo o mundo e promovem a reivindicação de Pequim sobre Taiwan e seus planos para o que chama de “reunificação”. Acredita-se que eles trabalhem junto ao departamento da frente única do Partido Comunista Chinês, uma operação de influência global.
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Em 2015, Leung supostamente financiou cirurgias oculares para 60 crianças chinesas rurais em um hospital de Guangming. A mídia estatal e os comunicados do governo nos últimos anos também elogiaram seu compromisso em aprofundar os laços EUA-China e trabalhar com várias organizações culturais chinesas no exterior e o departamento de frente única.
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fonte: Veja