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Ciência & Saúde

Dermatite de contato – Como tratar e prevenir problemas de pele

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A pele é o maior órgão do corpo e existe como uma camada de proteção para o restante do organismo. Mas isso não a impede de ser agredida e apresentar problemas. Um deles é a dermatite de contato: quando o contato com materiais e substâncias específicas causa inflamação. No decorrer da matéria, entenda melhor esse quadro, como reconhecer e buscar ajuda.

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O que é a dermatite de contato?

A dermatite de contato acontece quando um material ou substância causa uma reação inflamatória, que pode ser uma irritação ou alergia, na pele. Como o nome diz, isso ocorre na região em que houve o contato e apenas quando há o toque físico.

Tipos de dermatite de contato

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Como já dito, as reações da dermatite de contato podem ser de irritação ou alergia, além disso, há uma variação das duas. Abaixo, conheça as especificações de cada uma:

Dermatite de contato irritante

A dermatite de contato irritante, geralmente, é causada por substâncias abrasivas, como solventes, detergentes e outros produtos químicos. Em contato frequente e repetitivo com essas composições, qualquer pessoa está sujeita a desenvolver o quadro, explica a dermatologista Juliana Bronzato Luppi, do Fleury Medicina e Saúde.

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Dermatite de contato alérgica

No caso da dermatite de contato alérgica, segundo a médica, “os pacientes são geneticamente predispostos a desenvolver uma resposta anormal a determinado agente”. Por exemplo, o níquel – muito comum em bijuterias e botões de calça – é um desencadeador comum, assim, em contato com a pele, provoca alergias.

Normalmente, esse tipo de dermatite não se manifesta no primeiro contato com a substância alérgena. “Primeiramente, ocorre o reconhecimento de um agente como alérgico e a formação de células de memória. Nas próximas vezes, há uma resposta inflamatória e lesões cutâneas de dermatite”, descreve Juliana.

Dermatite de contato fotoalérgica e fotoirritativa

Ainda, há uma variação dos dois principais tipos, a dermatite de contato fotoalérgica e fotoirritativa, desencadeada pela exposição da pele ao sol. “A exposição solar altera as substâncias, desse modo, elas causam inflamação na pele”, explica Juliana.

A melhor forma, no entanto, de diferenciar os tipos de dermatite é conversando com um dermatologista. Você precisará mostrar as lesões na pele, contar como elas surgiram e se usou algum produto. Assim, o especialista poderá analisar o seu quadro, fazer as devidas distinções e indicar o tratamento adequado.

O que causa a dermatite de contato?

No tópico anterior, você viu que diversas substâncias podem desencadear a dermatite de contato. Além das já citadas, confira outras causas comuns:

  • Níquel e outros metais presentes em bijuterias ou peças de roupa;
  • Shampoos, condicionadores, hidratantes, esmaltes e outros cosméticos;
  • Alguns tipos de tecidos, principalmente os sintéticos;
  • Plantas;
  • Medicamentos usados diretamente na pele;
  • Detergentes e solventes;
  • Cimento, óleos e tintas.

É importante estar atenta às lesões que aparecem em locais específicos da pele, tentando lembrar o que entrou em contato e pode ser o possível desencadeador do quadro. Tome nota e não esqueça de contar tudo ao seu dermatologista!

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Diagnóstico da dermatite de contato

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A dermatite de contato é um quadro clínico, por isso, é importante mostrar a pele lesionada para um dermatologista. A análise é feita a olho nu ou com a ajuda de um dermatoscópio para entender se realmente é isso ou outro tipo de eczema. Assim, durante o diagnóstico, observa-se dois pontos importantes:

Sintomas: análise por meio da observação

Ao procurar um médico, primeiramente, ele sondará os sintomas relatados pela paciente, bem como observará as lesões. As manifestações variam de um tipo de dermatite para o outro:

  • Dermatite de contato alérgica: coceira intensa; erupção vermelha e quente no local de contato, entre 24 e 48 horas depois; aparecimento de pequenas bolhas de água (vesículas); e formação posterior de uma crosta espessa.
  • Dermatite de contato irritativa: dor; coceira; sensação de queimação no local afetado; bem como pele seca, vermelha e áspera.

Ainda, a irritativa é mais comum nas mãos, pois, normalmente, elas entram em contato com as substâncias. Em conjunto com essa análise, o médico precisa entender o que está causando a reação na pele.

Diagnóstico: o que causou a dermatite de contato

Caso desconfie de uma dermatite de contato alérgica, o dermatologista pode pedir um patch test – teste de contato – para identificar a substância causadora do problema. Esse é o passo mais importante do diagnóstico, pois ele influencia muito no tratamento. Em alguns casos, o médico também pode solicitar exames de sangue ou biópsia da pele para confirmar suas hipóteses.

Como tratar a dermatite de contato

De acordo com Juliana, “uma vez identificado o agente causador, todo tratamento e orientações são baseados em sua retirada”. Portanto, é fundamental que a paciente seja orientada sobre os produtos de uso diário que contêm a substância. A especialista explica que, se o contato não for interrompido, as lesões surgirão novamente. A partir disso, o tratamento é realizado com prescrição médica e cuidados caseiros. Confira abaixo!

Tratamento médico

Quando as lesões estão ativas, ou seja, os sintomas estão manifestos e atuantes, causando diversos desconfortos, os tratamentos prescritos, geralmente, são:

  • Higienização do local para garantir que toda a substância alérgena ou irritante tenha sido retirada;
  • Uso de compressas úmidas, antissépticas ou secativas, caso as lesões estejam úmidas;
  • Cremes e pomadas com corticoides, caso haja inflamação no local;
  • Antialérgicos, caso seja uma dermatite de contato alérgica;
  • Emolientes e hidratantes quando a pele começa a descamar;
  • Em casos de muita coceira, pode ser preciso recorrer aos antialérgicos e corticosteroides orais ou injetáveis.

No entanto, tudo dependerá da avaliação e orientação do seu dermatologista, que indicará o melhor tratamento após o diagnóstico.

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Cuidados em casa

Em casa, também é importante cuidar das feridas. “Uma vez que a pele esteja sensibilizada pela dermatite, mesmo o contato com água pode perpetuar a irritação no local”, explica a especialista. Assim, é normal o profissional orientar a paciente a evitar água e produtos de limpeza nas atividades domésticas. “Usualmente, recomendamos o uso de luva de algodão sob a de borracha, permitindo que ela absorva o que entrar na luva”. Algumas receitas caseiras ajudam no tratamento:

  • Chá de camomila: segundo a dermatologista, a camomila possui propriedades anti-inflamatórias e pode ser usada para aliviar os sintomas.
  • Babosa (aloe vera): a aloe vera ajuda na hidratação da pele e pode reduzir a coceira.
  • Farinha de aveia diluída em água: com efeitos semelhantes à babosa, a mistura age na hidratação cutânea.

No entanto, é preciso ter cuidado. “Há relatos de dermatite de contato relacionada ao chá de camomila. Por isso, é sempre importante checar com o dermatologista se o uso está liberado”, considera Juliana.

Além da dermatite de contato, existem outras causas para lesões na pele, inclusive uma doença chamada disidrose que, apesar do nome diferente, é muito comum. Por isso, é indispensável uma avaliação médica.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: dicasdemulher

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