De acordo com Júlio, “mais uma vez, o governo do Estado quer tratar a grande Cuiabá com um certo desinteresse”. O deputado afirma que o consórcio Nova Rota, que assumiu as obras de revitalização da BR-163 em todo o estado, quer fazer economia de dinheiro em uma das regiões mais importantes do estado. Ele ainda garantiu que, caso a duplicação não seja autorizada, os políticos irão impetrar uma Ação Popular para exigir o início das obras.
“Isso é conversa fiada, é blefe da MTPAR dizendo que precisa realizar desapropriações. Não precisa! O que eles querem fazer é economia de dinheiro. Se não fizer o melhoramento do trecho urbano do contorno sul que hoje integra o consórcio que a MTPAR assumiu, nós políticos de Várzea Grande vamos entrar até com uma Ação Popular, porque é um desaforo do jeito que eles querem desviar de Várzea Grande um traçado novo fora do perímetro urbano para sair em outra região lá”, disse Júlio Campos na manhã desta quarta-feira (10).
Alto custo para desapropriações
Na semana passada, Cidinho Santos disse que o custo com desapropriações para a duplicação da Rodovia dos Imigrantes é um dos empecilhos para que a obra de duplicação da rodovia aconteça. Diante disto, em busca de uma solução mais eficiente e de menor valor, o novo presidente do Conselho Fiscal e Administrativo da Nova Rota aponta como solução a construção de um anel viário que saia do Sinuelo até o Coxipó do Ouro, sendo um contorno passando por fora da cidade.
Além disso, Cidinho coloca também que deva ser feito viaduto e passagens urbanas para melhorar o fluxo e evitar também acidentes como atropelamentos que são uma recorrente na região.
A fala do ex-senador gerou polêmica no meio político e na sociedade. Enquanto que os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande exigem a duplicação da rodovia, políticos como o senador Wellington Fagundes (PL) concordam com Cidinho e garantem que a construção do dito anel viário irá ser uma obra mais viável.
Dessa forma, Júlio garante que na reunião desta quinta, marcada para acontecer às 10h na sede da Nova Rota, além dele estarão presentes lideranças políticas de Cuiabá e Várzea Grande para exigir a duplicação do trecho.
“[A Imigrantes] virou um grande setor comercial, grandes indústrias implantaram ali, hoje é a avenida mais movimentada, tem uma média de 15 mil veículos, caminhões pesados por dia e não vai duplicar? Vai gastar um bilhão e seiscentos no estado para fazer essa obra e não vai poder gastar R$ 30 milhões, R$ 40 milhões nesse trecho? Nós vamos exigir isso, o senador Jayme Campos, o deputado Coronel Assis, os deputados estaduais Júlio Campos, Eduardo Botelho, Fábio tardim, o prefeito Kalil Baracat e toda a comunidade e até mesmo o prefeito de Cuiabá. Estaremos com os vereadores de Cuiabá e Várzea Grande exigindo que o a MTPAR, ao fazer essa privatização faça também a duplicação. Não só a duplicação, faça também as entradas, os viadutos ou então as galerias para entrar nos bairros São Matheus, no Capão Grande e no Bonsucesso, que é hoje os locais que mais acidenta pessoas e morrem”, diz o deputado.
Questionado pela imprensa se, caso o ex-senador Cidinho Santos não queira receber o grupo na quinta, Júlio é curto e grosso: “Quem é ele para recusar a nos receber? Cidinho é servidor público, nós somos deputados que temos votos e elegemos o governador. Não existe isso aqui em Mato Grosso, de secretário de estado, diretor de obra não receber político. Já acabou esse tempo. Hoje quem manda no estado são os políticos, é um governo que foi eleito pelo voto e é um o poder legislativo que tem muita força. Caso contrário, ele vai ser convocado para vir aqui depor perante a Assembleia Legislativa. A Baixada Cuiabana tem que ser respeitada. Nós somos um milhão e tanto de habitantes, somos o maior colégio eleitoral de Mato Grosso e somos o maior contribuinte de impostos do estado”.
Fonte: leiagora