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Política

Deputado Júlio solicita análise detalhada antes da aprovação de empréstimo milionário com Banco Mundial

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O deputado estadual Júlio Campos (União) garantiu que irá pedir vista do Projeto de Lei nº 855/2023, de autoria do Poder Executivo que pede autorização para contrair um empréstimo R$ 180 milhões de dólares junto ao Banco Internacional para Reconstrução do Desenvolvimento (BIRD), mais conhecido como Banco Mundial. Alegando que “empréstimo em dólar é a coisa mais perigosa do mundo”, o deputado deseja convocar o Secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, para ir até a Assembleia Legislativa explicar a razão do empréstimo milionário.
 
“Ninguém sabe quanto vai ser a cotação do dólar daqui há três anos. Não acho necessário. Vamos conversar com a liderança [do governo Mauro Mendes] sobre isso. Acho que tá muito precipitado. A Agricultura Familiar merece? Merece! A Educação merece? Merece! Mas vamos com calma, vamos chamar o Gallo para explicar”, afirmou o deputado antes da sessão ordinária desta quarta-feira (10).

De acordo com a cotação do dólar nesta quarta-feira (10), que está em R$ 4,95, o valor do empréstimo feito pelo governo seria de R$ 891 milhões de reais.

E o projeto em questão autoriza o governo de Mato Grosso a contrair mais um empréstimo junto ao Banco Mundial, sendo que U$ 100 milhões, ou seja, R$ 495 milhões, serão encaminhados ao “Projeto Aprendizagem em Foco Mato Grosso”, vinculado à Secretaria de Estado de Educação, onde são previstas reformas de escolas e a transformação da infraestrutura digital da educação em Mato Grosso.

Já os outros U$ 80 milhões, o que representaria R$ 396 milhões, serão destinados ao desenvolvimento sustentável da agricultura Familiar, sendo aplicados no programa “MT Produtivo”.
 
Acontece que em 2022, os parlamentares autorizaram o governo a contrair U$ 40 milhões em empréstimo e, nos anos anteriores, outros financiamentos também foram aprovados.
 
Júlio ainda lembra que o governo do estado tem dinheiro em caixa, algo que o governador Mauro Mendes (União) sempre recorda em seus discursos. Portanto, para o deputado, não há porque contrair um empréstimo tão vultuoso ainda mais em dólar, uma moeda que não possui regularidade de queda e alta na cotação.
 
“Não entendo essa emprestação de dinheiro internacional para projetos que não tem tanta urgência. Já que nós temos 8, 10 e 12 bilhões em cofre aplicado em banco nacional rendendo ao mês, por que emprestar? Há poucos dias atrás foi aprovado um empréstimo que a assembleia tinha determinado de R$ 50 e poucos milhões para reforma administrativa para compra de papéis, projetos e essas outras coisas que o Gallo insistia, embora tenha recurso em caixa. Agora vem mais essa medida?”, questiona Júlio Campos.

Fonte: leiagora

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