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Prisão do ex-primeiro-ministro do Paquistão desencadeia onda de violência e instabilidade no país

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A agência anticorrupção do Paquistão prendeu nesta terça-feira, 9, o ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan no Supremo Tribunal de Islamabad. A detenção gerou uma série de conflitos entre apoiadores de Khan e a polícia local, deixando ao menos um manifestante morto.

Em abril do ano passado, Khan foi destituído do cargo de primeiro-ministro através de uma moção de desconfiança. Acusado de má gestão econômica, o político havia perdido o apoio da maioria do Parlamento, bem como de forças militares do país, depois de quatro anos no poder.

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Ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan. 26/09/2019 (Cate Dingley/Bloomberg/Getty Images)

Na véspera da prisão, o ex-premiê foi repreendido por autoridades militares após ter acusado um oficial militar sênior de ter planejado o seu assassinato e o ex-chefe das Forças Armadas de ter arquitetado a sua remoção do cargo em 2022. No ano passado, Khan foi baleado durante um protesto antigoverno.

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De acordo com a rede Al Jazeera, o Escritório Nacional de Responsabilidade do Paquistão (NAB), órgão responsável pelo combate à corrupção, teria emitido um mandado de prisão contra o ex-premiê no dia 1º de maio. No entanto, lideranças do partido Tehreek-e-Insaf (PTI), o qual Khan é filiado, negaram que ele havia sido notificado.

“O ex-primeiro-ministro não deu qualquer resposta adequada aos avisos de convocação da NAB. Sua prisão foi feita de acordo com a portaria da NAB e a ”, informou o NAB.

Khan foi conduzido por soldados para uma van preta. Ele responderá uma de corrupção no Al-Qadir University Trust, um fundo liderado por sua esposa, Bushra Bibi. O teria recebido terras no valor de bilhões de rúpias de um grande magnata imobiliário do Paquistão para que construíssem um educacional.

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Com a prisão, grupos pró-Khan foram às para contestar a decisão. Eles teriam bloqueado as estradas principais de múltiplas cidades e invadido prédios militares nas cidades de Lahore e Rawalpindi. o ministro do Interior, Ziaullah Langove, os confrontos entre polícia e manifestantes levaram à morte de uma pessoa e feriram outras 12, incluindo seis policiais na cidade de Quetta.

Esta não é a primeira vez que Khan enfrenta queixas criminais. Desde que deixou o cargo, ele já foi acusado de “terrorismo” e de blasfêmia. O político afirma que as tentativas de prisão têm motivações políticas e objetivo de impossibilitar sua candidatura às próximas eleições. Em , a polícia se dirigiu até a casa de Khan para detê-lo, mas não obteve .

Fonte: Veja

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