Mendes, pouco antes de ser consagrado presidente do União Brasil, em Mato Grosso, voltou a afirmar que irá fazer política partidária, mas não eleitoral, e que o pleito será discutido somente em 2024.
“Eleição só ano que vem. Quem quer ser candidato tem todo direito de fazer suas movimentações, mas o partido vai fazer política partidária, não significa fazer necessariamente política eleitoral, porque esta faz no ano da eleição. Agora fazer a boa política, relacionamento, conversar com as pessoas, e até fazer exercício de futurologia, não tem problema nenhum, mas eleição só no ano de eleição”, avisou.
Claro que o recado serve também para muitos pré-candidatos no interior, mas até o momento, a questão é que o partido enfrenta um racha diante dos dois nomes colocados para disputa, sendo eles, além de Botelho, o do deputado Fabio Garcia, que é muito amigo e próximo do governador, que parece ter mexido no tabuleiro até o momento apenas para beneficiar o colega.
Porém, Botelho já chegou a declarar também que esta briga interna pode acabar favorecendo os adversários como o deputado federal Abilio Brunini (PL), que por sinal lidera as pesquisas, e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que apesar de não ter confirmado qualquer pretensão de uma disputa em 2024, aparece como possível candidato da esquerda. Para o presidente da Assembleia Legislativa, o racha no União Brasil pode acabar levando os dois para um segundo turno, deixando o candidato do partido derrotado ainda no primeiro turno.
No entanto, a opinião de Botelho diverge de Fabio Garcia, que reafirmou que essa discussão sobre eleição deverá ficar mesmo para 2024 e como 3º vice-presidente do partido, deverá ter influência na condução das discussões da legenda. E ele ainda critica quem quer antecipar o debate, falando que os que ocupam mandatos precisam apresentar resultados, para depois discutir eleição.
Agora, cabe saber também se Botelho terá a liberação do partido para migrar para outra legenda, já que para deputados não existe o período de janela partidária. O deputado estadual Julio Campos (União) havia dito que houve um acordo para liberação, mas até o momento o governador não bateu martelo sobre o assunto.
Fonte: leiagora