“Senhores, tem elementos para uma investigação política? Vamos ser práticos, vamos ser objetivos”, comentou esta semana durante reunião na sede do União Brasil.
De acordo com ele, tudo que foi publicado a partir de um suposto vazamento das investigações da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), não passa de fofoca. Além disso, a própria investigação partiu de denúncia realizada pela própria SES, após identificação de suspeito de irregularidades nas ofertas de contrato.
O assunto foi tema de debate na Assembleia Legislativa após a divulgação das informações sobre a suposta “Mulher da SES, tendo inclusive sido cogitada a criação de uma CPI.
“Baseado em quem? Onde está escrito isso? De onde eles tiraram essa fonte? Senhores, fofoca. Ponto. Essa investigação começou com uma denúncia feita pela Secretaria de Saúde para a Deccor. E a investigação continua. Ponto. E isso já saiu uma vez na imprensa. Isso é oficial, fora daquilo, fofoca”, disse Mauro.
Após o deputado estadual Gilberto Figueiredo (União), que exercía a função de secretário de Estado de Saúde, antes de assumir a vaga de parlamentar e era o chefe da pasta na época dos fatos investigados, ser sabatinado pelos pares no colégio de líderes, a ideia de uma investigação no Legislativo acabou sendo abafada.
Operação Espelho
A operação Espelho apura um esquema de fraudes e desvio de valores promovido por um cartel de empresas envolvido na prestação de serviços médicos em hospitais do estado.
A primeira fase foi deflagrada pela Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor) em 2021, e investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva (hospital metropolitano), em Várzea Grande.
Como desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel de empresas dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.
Já na segunda fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.
Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.
Fonte: leiagora