A engenheira agrônoma da Empaer, Thaynara Araújo Avalhaes, comenta que o objetivo da palestra foi iniciar uma capacitação dos agricultores com a indicação de cultivares de mandioca de qualidade ou seja, com características agronômicas e comerciais que possam ser recomendadas. As orientações técnicas têm a finalidade de fornecer aos produtores rurais um conjunto de práticas recomendáveis com garantia de rendimento e menor custo de produção. “Na comunidade em torno de 40 agricultores possuem o plantio da mandioca”, destaca.
O engenheiro agrônomo da Empaer, Rogério Leschewitz, falou sobre as técnicas de produção, como manejo do solo, correção da acidez do solo, adubação da cultura, seleção das manivas, plantio, ervas daninhas, tratos culturais, época de colheita, irrigação e outros. Um dos pontos de destaque foi a apresentação de cultivares que estão sendo recomendadas pela Empaer para o plantio, tais como, as de polpa branca e de mesa: Buriti, Igarapé Vermelha, Pão, Cacau e Juína Rama Clara. Para o cultivo da mandioca de polpa amarela, são indicadas as variedades Taquara Amarela, IAC 576-70 e Amarela de Quatro Marcos. Para a indústria (polpa branca): Olho Junto, Amarga, Enita Brava, Vassourinha de Rondonópolis e Cuiabá.
Considerada a segunda cultura mais importante da cadeia produtiva do Estado, mandioca fica atrás apenas da pecuária de leite. Representa importante atividade socioeconômica, gerando emprego e renda tanto nas áreas rurais – no processo de produção e industrialização – como nas áreas urbanas, por meio da comercialização. Atualmente a cultura é produzida em todos os municípios e está presente nas pequenas propriedades rurais como fonte alimentar da família e para criação de animais.
A intenção dos técnicos é realizar novas capacitações abordando o processamento da mandioca e uso na alimentação animal. O evento contou com o apoio do técnico agrícola da Empaer, Andrei Juliano Campeol.
Tecnologia para agricultura familiar
A pesquisadora da Empaer, Dolorice Moreti, avaliou 80 materiais genéticos da cultura da mandioca de mesa (consumo in natura) e indústria – da polpa branca, amarela e as biofortificadas. O trabalho de pesquisa vem sendo executado nos municípios de Tangará da Serra, Acorizal e Cáceres, com a finalidade de auxiliar os técnicos e produtores rurais no planejamento da cultura do plantio à colheita e ao processamento da mandioca.
Os materiais genéticos avaliados e mais promissores ultrapassam 20 toneladas por hectare. Os materiais do banco genético avaliados são oriundos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e de produtores do Estado de Mato Grosso.
Fonte: @empaer_mt