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Polêmica nos EUA: Pedidos de censura contra livros atingem recorde histórico

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Para marcar o início da Semana Nacional das Bibliotecas, nos Estados Unidos, a American Library Association (ALA) divulgou nesta segunda-feira, 24, uma lista de livros banidos com mais frequência no país, porque exploravam questões LBGTQIA+ ou tinham conteúdo “sexualmente explícito”. Normalmente um top 10, a lista deste ano precisou ser expandida para incluir 13 títulos.

Segundo os novos dados sobre livros proibidos, o volume mais contestado foi “Gender Queer”, de Maia Kobabe, uma HQ de memórias sobre identidade de gênero. Já o segundo mais execrado pelos pais foi “All Boys Aren’t Blue”, de George M Johnson, também um livro de memórias, desta vez sobre a infância, adolescência e anos de faculdade da autora negra e queer, termo guarda-chuva da língua inglesa para representar as pessoas que não se identificam com padrões impostos pela sociedade e transitam entre os gêneros.

De acordo com a ALA, que rastreia os pedidos de remoção de livros em bibliotecas no país, o ano de 2022 foi marcado pelo maior número de tentativas de restrição desde do início da coleta de dados, há 20 anos. Os dados são compilados por meio dos relatórios arquivados no Escritório de Liberdade Intelectual da ALA por profissionais de bibliotecas e notícias publicadas. 

Só no ano passado, a recebeu 2.517 pedidos de banimento, ou 38% a mais que os 1.858 títulos visados em 2021. Segundo a organização, a maioria desses livros foi escrita por membros da comunidade LGBTQIA+ ou por pessoas negras. 

A presidente da ALA, Lessa Kanani’opua Pelayo-Lozada, afirmou que, ao divulgar a lista, a organização reconheceu o trabalhos dos autores que desafiam os leitores com histórias que “perturbam o status quo e oferecem novas perspectivas sobre questões difíceis”.

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“A lista também ilustra a frequência com que histórias de, ou sobre, pessoas LGBTQ+ e pessoas não brancas são alvo de censores”, comentou.

Os romances para jovens adultos da lista incluem “Quem é você, Alaska”, do John Green, “As vantagens sobre ser invisível”, do Stephen Chbosky e a “Corte de Névoa & Fúria”, da Sarah J Maas. 

Uma série de movimentos políticos nos Estados Unidos trava uma cruzada para restringir os livros disponíveis nas bibliotecas públicas e escolares. No estado do Missouri, por exemplo, o senador estadual Rick Brattin, do Partido Republicano, colocou um jabuti em um PL sobre o tráfico de crianças, para criminalizar a exposição de materiais “visualmente explícitos” nas escolas (inclusive livros).

Além disso, algumas bibliotecas escolares de Utah exigem que os pais chancelem todos os empréstimos de livros que abordam temas LGBTQIA+.

O movimento já ultrapassou as barreiras estadunidenses, e no Reino Unido, por exemplo, o Chartered Institute for Library and Information Professionals informou que os bibliotecários observam um aumento nos pedidos de remoção de livros, sendo a maioria dos títulos sobre sexualidade e questões raciais. 

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Fonte: Veja

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