No União Brasil, Botelho disputa com o presidente da sigla, deputado federal Fabio Garcia, o posto de pré-candidato único do partido à Prefeitura de Cuiabá. E, por enquanto, as condições são desfavoráveis a Botelho nessa disputa interna, pois a decisão de quem será o candidato final caberá à Executiva Estadual do União, órgão no qual Garcia tem ampla vantagem política.
Como o Mais Brasil será um partido novo perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), haveria uma brecha jurídica para Botelho trocar de partido sem perder o mandato mesmo sem haver janela partidária para deputados neste ano.
Mais Brasil Mato Grosso
O deputado Dilmar Dal’Bosco está em São Paulo, nesta quarta-feira (19), onde conversa com lideranças nacionais do Mais Brasil 25 sobre a possibilidade de assumir o controle da nova sigla em Mato Grosso. Ele também trata de uma questão de saúde.
Se conseguir a confirmação jurídica de que pode migrar ao novo partido sem perder o mandato legislativo, Dilmar não iria sozinho, mas sim acompanhado de militantes históricos do antigo DEM e PFL insatisfeitos com a condução da atual sigla.
Ventila-se a possibilidade dos irmãos Jayme e Júlio Campos (União) seguirem para o novo partido junto com Dilmar e repetir a parceria dos tempos de DEM antes da chegada do grupo do governador Mauro Mendes, em 2018.
Botelho no Mais Brasil?
Diante da possibilidade de não receber uma liberação do União Brasil para deixar a sigla e ser candidato a prefeito de Cuiabá contra Fabio Garcia, a ida ao Mais Brasil seria mais um trunfo do que uma previsão concreta.
Isso, porque somente a existência desse trunfo já deveria garantir a liberação do União Brasil, para evitar uma narrativa de conflito na qual Botelho seria a vítima, obrigado a escolher um partido novo para poder migrar sem perder o mandato, e os unionistas os algozes, dificultando o sonho do deputado.
E, caso seja necessário concretizar uma migração ao Mais Brasil, como Botelho é amigo de Dilmar, poderia até mesmo ser liberado para então migrar a outras siglas que já fizeram convite, como PSD, do ministro Carlos Fávaro, caso fosse necessário.
Fonte: leiagora