“Daqui vamos desdobrar vários encaminhamentos. Vamos fazer um debate específico sobre demarcação. Vamos fazer um debate específico sobre saúde. Vamos fazer um debate específico sobre educação, que já foi iniciado. A pauta vai ser permanente a partir de agora”, afirmou Lúdio, na quinta-feira (13), ao fim da audiência pública realizada no último dia do ATL, na Praça do Monumento a Ulysses Guimarães.
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De acordo com o parlamentar, apesar da existência de 43 diferentes povos indígenas em Mato Grosso, é um desafio avançar nas pautas dos povos originários no estado devido ao conflito de interesses com o agronegócio. Por isso, ele entende que somente através da constante pressão dos próprios indígenas, de entidades ligadas aos representantes políticos ligados, será possível conseguir mudanças.
“É o maior de todos os desafios. A mobilização dos povos indígenas, a mobilização daqueles que defendem outro caminho para preservar a vida em Mato Grosso enfrentam a resistência daqueles que detém o poder econômico e querem fazer de Mato Grosso uma grande fazenda para produzir e exportar commodities, grãos e minérios”, afirmou.
Lúdio Cabral é crítico do modelo econômico do agronegócio implantado em Mato Grosso. Para ele, é necessário alterar a matriz produtiva do estado, com foco em sustentabilidade econômica, social e ambiental.
“Esse modelo de exploração econômica está acabando com as águas do nosso território, está acabando com a biodiversidade, está envenenando solo, não é sustentável do ponto de vista ambiental, social e sequer econômico, porque ele se esgota em curto espaço de tempo”, concluiu.
Fonte: leiagora