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Agronegócio

Empresa brasileira investirá R$12 bilhões em combustíveis renováveis a partir de soja e macaúba

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A empresa brasileira Acelen prevê investir mais de R$ 12 bilhões nos próximos 10 anos na produção de combustíveis renováveis.

Ao longo do projeto, a expectativa é produzir 1 bilhão de litros por ano, movimentar R$ 85 bilhões na economia, contribuir para geração de 90 mil postos de trabalho diretos e indiretos e reduzir em até 80% as emissões de CO² com a substituição do combustível fóssil, o que tornará a empresa uma das maiores produtoras de combustíveis renováveis do mundo.

O plano de investimentos com memorando de entendimentos foi assinado neste sábado (15) entre a empresa e o governo da Bahia, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

A principal aposta será em diesel renovável e querosene de aviação sustentável, produzidos por meio do hidrotratamento de óleos vegetais e gordura animal. A previsão é que a empresa inicie a produção no primeiro trimestre de 2026.

Fases do projeto: da soja à macaúba

Na primeira fase do projeto, em sinergia com o potencial agrícola do Brasil, será usado o óleo de soja e matérias-primas complementares, que possuem o maior volume disponível e competitividade no país.

Na segunda etapa, será usado óleo de Macaúba, árvore nativa do Brasil, com alto potencial energético ainda não explorada em escala comercial, e óleo do dendê, com previsão de início de plantio em 2025. O projeto prevê o plantio em área de 200 mil hectares, priorizando terras degradadas, o equivalente a 280 mil campos de futebol.

O projeto foi estruturado para ter total sinergia com a Refinaria de Mataripe, na Bahia.  A previsão é iniciar as obras já em janeiro de 2024.

A capacidade de produção será de 20 mil barris/dia, cerca de 1 bilhão de litros ao ano, equivalente ao abastecimento anual de 1,1 milhão de veículos, posicionando a Acelen entre os maiores produtores de combustíveis renováveis no mundo.

A produção do diesel verde e combustível de aviação sustentável será feita, a princípio, visando o mercado externo, onde esses produtos já são aprovados para comercialização e consumo.

A empresa afirma que investirá em genética, melhoria de produtividade agrícola e seleção de áreas aptas. Também diz que vai criar um laboratório de germinação de sementes de escala industrial, fazendo investimentos em pesquisas com uma série de instituições públicas e privadas dentro e fora do Brasil.

Fonte: canalrural

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