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Política

Botelho condiciona permanência no União às definições democráticas e transparentes para escolha de candidato.

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O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), não esconde o descontentamento com a falta de critérios para uma definição do partido sobre quem será o candidato a prefeito de Cuiabá. E admite a possibilidade de deixar a legenda, apesar de depender de uma liberação. Atualmente, ele está numa disputa interna com o deputado federal Fabio Garcia, que por sinal é presidente da sigla no Estado. 

“Vamos conversar e construir. Vou conversar com Fabinho para construir uma regra clara. E pode ter duas soluções: ou eu aceito e nós vamos para esta regra ou não aceito e aí temos que decidir isso”, declarou Botelho, alegando que foi isso que repassou para o governador Mauro Mendes (União).  

Questionado sobre o fato de que Fabio não aceita que pesquisas sejam os critérios adotados pelo partido, Botelho questiona: “É isso que eu quero saber, qual é o outro critério? É idade, é beleza? Se for beleza eu já ganhei. (risos) É isso que eu preciso saber: quais são as regras”, afirmou em entrevista à rádio Cultura na manhã dessa sexta-feira (14). 

O presidente da AL pondera que a regra precisa ser clara, mas vai depende também de qual critério será colocado. E lembra que Fabio Garcia é o presidente do partido e teria maioria na Executiva, que é composta principalmente por aliados do governador. Portanto, é preciso saber se haverá uma regra que beneficie ambos e dê direitos iguais na disputa interna. 

“Eu disse que são várias opções, se a regra for bem clara, eu fico, mas depende da regra também. Porque depois pode falar que quem decide é presidente do partido, e o presidente é ele. Ai não, né. A Executiva do partido também é só deles. Então, tem que achar uma regra que contemple tanto eu, quanto ele. Que possamos estar em condições justas. Que contemple democraticamente o povo, que é avaliação popular, que são as pesquisas”,  declarou, reforçando que sua proposta foi levar em consideração não apenas os levantamentos quantitativos, mas também qualitativo, mas tem enfrentado resistência. 

Já admitindo a possibilidade de deixar a legenda, Botelho lembra também que não pode sair se não for liberado, já que não teria direito à janela partidária, podendo ainda ser enquadrado pela lei da infidelidade partidária. Porém, afirma que ainda não chegou a discutir a questão da liberação com o governador, porque recebeu a garantia de Mendes de que iria conversar com Fabio Garcia. 

O deputado informou que sairá de licença para assuntos pessoais e deve retornar em junho, quando pretende retomar o assunto, tanto com o governador, quanto com o próprio Fábio. “Quando voltar nós vamos sentar e conversar claramente, decidir nosso futuro, se vamos continuar juntos. Eu quero uma regra clara e democrática, se não, aí,sim, vou pedir a liberação, e tchau e obrigado, cada um para seu lado. Cada um cuida da sua vida”, declarou.  

Sobre os convites já recebidos, tanto do PSB, quanto PSD, e ainda de outras legendas, Botelho diz que não tem uma tendência ainda porque está trabalhando para permanecer no grupo do qual faz parte nos últimos anos, relembrando sua trajetória ao lado de Mendes e Fabinho, como forma também de cobrar a fatura. 

“Não tem tendência sobre os convites porque ainda estou trabalhando para ficar neste grupo que criamos juntos. Éramos todos do PSB, eu, o deputado Fabio Garcia, Mauro, depois saímos juntos, fomos para o DEM, fundiu, nós ficamos no União. Construímos a candidatura a deputado federal de Fabio em 2014, suplência dele com Wellington, construímos a candidatura do Mauro para prefeito, para governador e para reeleição. Estamos trabalhando juntos, mas é igual casamento, não deu mais certo, a amizade é a mesma, mas cada um para o seu lado”, afirmou.  

Por fim, Botelho ainda aproveitou para afirmar que possui um mandato independente e sem compromisso com nenhum político. “Eu devo meu mandato a Deus e ao povo. Não tenho compromisso com ninguém. O povo que me elegeu. Não tenho compromisso com Mauro, nem com Jayme e nem com Emanuel. Desde o primeiro mandato foi assim. Eu estou tranquilo, com 64 anos de idade, estou com minha vida sossegada. Eu vou onde eu entender que é melhor para o povo de Mato Grosso. Faço minhas orações à noite e todas as decisões do dia”, finalizou.

Fonte: leiagora

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