Sophia @princesinhamt
Mundo

Tribunal dos EUA impede proibição do medicamento abortivo em uma vitória para o direito das mulheres à escolha

2025 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Um tribunal de apelações dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a decisão de um juiz do Texas de reverter a autorização do mifepristona, uma pílula abortiva amplamente utilizada no país. Pela decisão, o acesso ao medicamento está mantido, mas com algumas restrições.

No dia 8 de abril, o juiz texano Matthew Kacsmaryk ordenou a retirada do mifepristona do mercado em sete dias, dizendo que a FDA, espécie de Anvisa americana, violou regras federais para acelerar a aprovação do medicamento. A decisão entraria em vigor nesta sexta-feira, 14, mas o Departamento de Justiça e o fabricante do medicamento solicitaram uma suspensão de emergência da decisão.

+ Um passo atrás: as pílulas abortivas estão na mira da Justiça dos EUA

Agora, com o bloqueio da ordem de Kacsmaryk, o acesso a mifepristona ainda é permitido. Contudo, mulheres terão que ir ao médico para obter autorização para o uso da pílula, que também será limitado às primeiras sete semanas de gravidez, uma redução em relação às 10 semanas anteriores.

A mifepristona é um dos dois remédios usadas para abortos medicamentosos. Aprovada pela FDA, é permitida no país há mais de 20 anos. Ela efetivamente interrompe a gravidez, enquanto a segunda droga, o misoprostol, esvazia o útero. Atualmente, as pílulas abortivas são o método mais comum de interromper uma gravidez, usado em mais da metade de todos os procedimentos nos Estados Unidos.

+ Juiz federal suspende pílula abortiva nos EUA; governo Biden irá recorrer

Críticos da decisão do juiz do Texas dizem que ela pode abrir portas para contestações a outros medicamentos aprovados no país e prejudicar o desenvolvimento de medicamentos futuros. Mais de 300 executivos farmacêuticos se opuseram ao juiz, argumentando que a decisão desconsiderava as evidências científicas.

Analistas jurídicos também encontraram problemas nas ordens de Kacsmaryk, que foi nomeado pelo ex-presidente Donald Trump. Segundo eles, a decisão é falha e repleta de conteúdo ideológico, incluindo referências a “humanos não nascidos” no lugar da palavra feto.

+ Sob Biden, EUA permitem venda de pílulas abortivas em farmácias

A Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos de 1938 dá ao FDA a autoridade para determinar se os medicamentos são seguros e eficazes. Geralmente, tribunais respeitam a agência quando se trata de tomada de decisões científicas e médicas. Em 2016, o órgão aprovou a extensão do uso da mifepristona para até a décima semana de gravidez.

Ativistas antiaborto se opõem ao medicamento. Para eles, a agência tomou uma decisão com motivação política ao aprovar a mifepristona e não seguiu os protocolos adequados. Especialistas acreditam que esse caso provavelmente só vai ser resolvido na Suprema Corte.

Essa é uma matéria fechada para assinantes. Se você já é assinante faça seu login no site para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.


O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA e também tenha acesso aos conteúdos digitais de todos os outros títulos Abril*
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Digital Completo

Acesso digital ilimitado aos conteúdos dos sites e apps da Veja e de todas publicações Abril: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante,
Quatro Rodas, Você SA e Você RH.



a partir de R$ 2,00/semana*

ou

Impressa + Digital

Impressa + Digital

Plano completo de VEJA. Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app (celular/tablet).

Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.

Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.



a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. * Pagamento anual de R$ 96, equivalente a R$ 2 por semana.

Fonte: Veja

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.