O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o novo arcabouço fiscal vai “exigir” a queda da taxa básica de juros – fixada em 13,75% ao ano. A declaração do petista ocorreu nesta quinta-feira, 6, em entrevista para a rádio BandNews FM.
Haddad disse que o país não precisa ter os maiores juros reais do mundo com as contas públicas equilibradas.
“O arcabouço fiscal vai exigir, mais do que permitir, uma queda da taxa de juros, porque se as contas estão em ordem, não tem por que pagar um juro tão alto, que é o maior do mundo hoje”, afirmou o ministro. “Penso que está havendo convergência entre a política fiscal, receitas e despesas, e a monetária, que cuida da inflação e da trajetória da dívida pública.”
A declaração do ministro contrasta com o posicionamento do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Para o presidente da autarquia financeira, não há uma relação “mecânica” entre a nova regra fiscal e a política monetária.
Haddad defende um aumento da despesa inferior ao crescimento da receita. Segundo ele, a nova regra fiscal vai exigir a disciplina na gestão das contas públicas, para que as despesas não cresçam mais que a receita.
Ele destacou que o país precisa garantir a responsabilidade fiscal para continuar atraindo investimentos estrangeiros, no entanto, a proposta não traz nenhum indicativo de corte de gastos por parte do governo federal.
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Fonte: revistaoeste