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Macron solicita ajuda de Xi Jinping para solucionar conflito na Ucrânia e trazer a Rússia de volta à diplomacia

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O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu ao líder chinês, Xi Jinping, para trazer a Rússia “de volta à razão” em relação à guerra na Ucrânia, durante a primeira de uma série de reuniões de alto nível em Pequim nesta quinta-feira, 6.

“A agressão russa na Ucrânia foi um golpe para a estabilidade [internacional]”, disse Macron a Xi, do lado de fora do Grande Salão do Povo antes da reunião bilateral. “Sei que posso contar com você para trazer a Rússia de volta à razão e todos de volta à mesa de negociações.”

Xi concordou que deseja evitar uma escalada, acrescentando que a Europa é um “polo independente em um mundo multipolar” e que a China apoia a “autonomia estratégica” da Europa.

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Nesta quinta-feira, Xi e Macron conduziram uma primeira reunião da visita do francês, com o objetivo de aumentar as credenciais de ambos os líderes como estadistas, que podem negociar mesmo com diferenças políticas.

O chinês disse que os países estão planejando um acordo comercial chamado “da fazenda francesa à mesa chinesa”. Já Macron disse que Paris e Pequim tinham uma “parceria estratégica” que ajudaria a proporcionar estabilidade global.

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Um dos muitos projetos da China é estabelecer laços com a Europa, independentes do relacionamento azedo entre Pequim e Estados Unidos. Além do presidente francês, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (executivo da União Europeia), também viajou para encontrar-se com Xi.

Os Estados Unidos, como não poderia deixar de ser, pediram a Macron para usar a visita para dissuadir a China de estreitar os laços com a Rússia. Após a reunião bilateral com Xi, o presidente francês garantiu que seu homólogo chinês tinha “opiniões importantes” sobre a Ucrânia, acrescentando que tanto França quanto China concordaram que as armas nucleares devem ser excluídas do conflito.

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O Kremlin afirmou nesta quinta-feira que “não há perspectivas” de um acordo político para a paz na Ucrânia, mediado pela China ou por qualquer outro país.

Para além da Ucrânia, Macron também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, para discutir sobre o acesso das empresas francesas ao mercado chinês – particularmente no setor aeronáutico, indústria de alimentos e finanças. A comitiva da França em Pequim é composta por cerca de 50 executivos de empresas, incluindo os principais executivos da Airbus e da EDF.

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Macron também levantou a questão da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, que a França sediará em junho – dizendo que a China deve desempenhar um papel fundamental nos desafios de financiar a luta contra a pobreza e a crise climática.

Críticos alegaram que o presidente francês está priorizando os negócios em relação à segurança nacional e internacional. Ele rejeitou a acusação, dizendo à Reuters na quarta-feira que “autonomia estratégica não significa autarquia”.

Fonte: Veja

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