Ao longo da vida, somos moldados conforme as coisas que estão ao nosso redor e o que tanto consumimos. William James disse isso há mais de 100 anos:
A personalidade é definida aos 30 anos de idade.
Mas apesar da proliferação de dados nas décadas seguintes para contrariar essa afirmação, o mito permanece firmemente estabelecido.
Não só muitos acreditam que a personalidade é fixada aos 30 anos de idade, mas alguns estudiosos afirmam que sua é pré-determinada pela sua genética.
Tudo isso é bom, talvez, se você gosta da sua personalidade como ela é. Talvez você tenha encontrado exatamente o equilíbrio certo entre o de suas várias tendências.
No entanto, provavelmente as chances são muito grandes de que você gostaria de ajustar algumas coisas. Se não agora, logo em breve.
Assim como muitos de nós desejamos ser mais, mais inteligentes ou com mais , também buscamos melhorar nossas personalidades.
Alguns traços de personalidade tornam a vida particularmente difícil
Por exemplo, ser rico em neuroticismo, a tendência crônica de , pode obviamente afetar seu humor diariamente.
O traço depode ter benefícios significativos, mas os introvertidos também podem ter dificuldade em avançar em um mundo profissional que recompensa seu oposto, a extroversão.
Outras características também têm vantagens e desvantagens:
Você pode ser altamente agradável, outra das , fazendo de você uma pessoa que os outros gostam de ter por perto.
Mas se você for muito agradável, pode se ver explorado pelos outros; até mesmo as pessoas de quem todos gostam podem precisar diminuir um pouco sua afabilidade.
E se você é irritadiço e rabugento, em contraste, você pode estar procurando maneiras de ser mais simpático.
A abertura à experiência
É o quinto dos “Cinco Grandes” traços de personalidade que os psicólogos acreditam compor nossas disposições básicas.
Ter muito dessa qualidade, como o termo sugere, pode torná-lo intelectualmente curioso e flexível. E quem não deseja isso, não é mesmo? Por outro lado…
Se você está muito aberto a experiências, pode ficar inquieto e facilmente descontente com o status quo.
Como muitas pessoas acreditam no mito da personalidade fixada, elas podem avaliar suas próprias características como aquelas com as quais ficarão presas ao longo da vida.
Você ficará feliz em saber que pode haver esperança
Pesquisadores da Universidade de Toronto Maja Djikic e Keith Oatley (2014) decidiram abordar a questão de saber se e .
Em uma revisão fascinante de um campo emergente de pesquisa, eles propõem que existem maneiras específicas em que a ficção pode envolver os leitores de maneiras que melhoram importantes qualidades da personalidade.
Uma qualidade da personalidade aprimorada pela literatura é a empatia, .
Embora não seja um dos grupos das cinco características dos Cinco Grandes, a está ligada às nossas formas básicas de nos relacionarmos com os outros, incluindo nossos parceiros íntimos.
A empatia também está relacionada à abertura para a experiência
Na medida em que quanto mais aberto você for às suas próprias experiências, melhor você será capaz de sentir e imaginar o mundo experiencial dos outros.
Djikic e Oatley concluíram que, se todas as outras coisas forem iguais, mais ficção também são melhores em ler as emoções das outras pessoas.
Não é que as pessoas empáticas leiam mais, mas essa leitura promove empatia.
Se você é um fã de “livros de mulher”…
(Bridget Jones e sua turma), pode ser particularmente provável que você desenvolva suas especialmente em comparação com outros tipos de leitores.
Os romances são os mais propensos a promover a empatia – e os de ficção científica, os menos propensos.
Estudos correlacionados, embora controlando a personalidade pré-existente, não podem determinar causa e efeito.
Utilizando do mergulho experimental
Outros estudos examinaram o que aconteceu com as pontuações de empatia das pessoas depois de lerem a narrativa de ficção.
Não só as pessoas se tornaram mais empáticas, em termos de serem capazes de interpretar as emoções das outras pessoas, mas também agiram de maneiras mais altruístas.
As pessoas com baixa abertura à experiência, especificamente, também se tornaram mais empáticas depois de lerem ficção, mas não depois de ler pequenas peças de não ficção.
De acordo com a análise de Djikic e Oatley, há três aspectos da arte na literatura que podem afetar não apenas as mudanças de curto prazo, mas de maior alcance na personalidade:
1. A ficção literária nos coloca dentro das mentes dos outros:
A ficção nos dá a oportunidade de explorar o mundo subjetivo de seus personagens.
Ler ficção lhe dá conhecimento social, assim como ler sobre ciência ou história permite que você ganhe pontos fortes nessas áreas.
2. A literatura pode desestabilizar temporariamente a personalidade:
O estilo, as expressões figurativas e os convites para envolver o leitor ajudam a colocar os leitores numa montanha russa emocional semelhante à que poderiam experimentar se fossem os protagonistas.
Como a dança ou a música, a narrativa de ficção bem escrita pode colocá-lo em um estado de espírito que permite que você se abra para experiências internas.
3. A literatura artística é um método de comunicação indireta:
Ao contrário da publicidade, da escrita científica ou da propaganda, a literatura artística oferece pistas e “convida os leitores a desenhar suas próprias inferências”.
Ao envolver o leitor na elaboração de inferências sobre o que os personagens de suas histórias estão sentindo, a literatura artística é muito parecida com uma conversa.
É através da conversa com os outros que aprendemos a entender como e por que as pessoas sentem o que sentem; a literatura opera nos mesmos princípios.
Para quem já é um ávido leitor de ficção
Os resultados da análise de Djikic e Oatley provavelmente não o surpreenderão. O prazer de explorar os estados mentais de outras pessoas talvez seja o que o leva a ser um leitor tão ávido.
Ainda não sabemos se a leitura de ficção pode mudar diretamente outros traços de personalidade da mesma maneira que afeta a abertura à experiência.
No entanto, extrapolando a partir desta área de pesquisa importante e em curso, parece plausível que a “desestabilização” desses pesquisadores possa se espalhar para outras áreas da personalidade além da empatia.
Ler pode te ajudar a se encontrar
Aprender sobre os estados interiores dos outros, através da leitura de ficção, pode nos levar a explorar nossos próprios “eus” e personalidades e, no processo, obter percepções e sermos instigados a mudar as partes de nós mesmos de que não gostamos.
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Ao tornar-se mais aberto e consciente dos sentimentos das outras pessoas, através da empatia, também pode ser possível encontrar a satisfação que você procura em seus próprios relacionamentos de longo prazo.
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.
