Os tornados são comuns na região central dos Estados Unidos, em especial em áreas conhecidas como “corredor de tornados”, que abrange partes do Texas, Oklahoma, Kansas e Nebraska. Porém, cientistas passaram a alertar que esse corredor está se movendo para o leste do país e as tempestades podem se tornar mais fortes à medida que o mundo continua a aquecer.
Uma série de tornados atingiu estados da costa leste e região sul no último mês, fenômeno que fica cada vez mais comum nessas áreas. Mais de 50 americanos morreram devido a tempestades nas últimas duas semanas, com grandes estragos registrados no Alabama, Illinois, Mississippi, Tennessee e Arkansas na última sexta-feira 31. Em um dos casos, um homem sobreviveu se escondendo em sua banheira.
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu ajudar os desabrigados e expressou espanto com a gravidade do tornado que devastou grande parte da cidade de Rolling Fork, no Mississippi, durante sua visita na sexta-feira.
“Em três minutos, esta cidade basicamente desapareceu”, disse Biden. “A menos que você veja pessoalmente, é difícil de acreditar. Trezentas casas e comércios que não passam de pilhas de materiais retorcidos misturados com objetos pessoais tão importantes – ursinhos de pelúcia, álbuns de família, roupas, pratos. O básico da vida, tudo se foi.”
Segundo especialistas, a temporada de tornados geralmente começa no início de abril, com a primavera do hemisfério norte, mas neste ano partes do sul do país tiveram o inverno com mais tempestades do tipo na história. Pesquisas recentes descobriram que invernos mais amenos nos Estados Unidos podem estar estimulando condições para essas tempestades mais cedo do que o normal.
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Porém, os fatores que impulsionam os tornados são complexos e sua ligação com a mudança climática ainda é mais nebulosa do que com outros fenômenos. Em relação a ondas de calor, por exemplo, cientistas já identificaram uma influência exata do aquecimento global.
A formação de um tornado exige quatro fatores-chave. Um deles é a umidade no ar, que está aumentando devido ao aquecimento do planeta. Outro é a instabilidade na atmosfera – a diferença entre o ar quente e o frio –, considerada o combustível necessário para que a tempestade aconteça. Segundo cientistas, esse desequilíbrio também está se intensificando com a crise climática.
Os outros dois ingredientes principais são mais incertos em termos de um mundo mais quente. A “competição” entre correntes de vento e a mudança na direção e velocidade dos ventos em diferentes altitudes são os fatores que transformam uma tempestade comum em uma ameaça.
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Fonte: Veja