Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, está considerando perguntar aos negros americanos em formulários federais, incluindo o censo, se são descendentes de escravos. O sistema é usado no Brasil para a realização do censo regional.
A proposta é para saber como o governo norte-americano monitora e documenta as etnias em solo americano. Biden está pedindo ao público informações sobre como isso pode diferenciar os negros que são descendentes de escravos na américa daquelas cujas famílias chegaram mais recentemente como imigrantes de África subsaariana, Caribe ou outros países.
Os defensores da mudança querem uma pergunta adicional caso um entrevistado selecione “negro ou afro-americano” no formulário do governo onde possa indicar que seus ancestrais eram escravos.
Na proposta sobre essas mudanças mais amplas, o governo dos EUA perguntou se o termo “descendentes americanos de escravos” ou “homens libertos americanos” seriam os melhores termos para descrever o grupo. Alguns sugeriram o termo “Americanos Negros Fundacionais”.
A ideia é defendida por alguns negros americanos que alegam que a sociedade, muitas vezes, confunde suas experiências com as dos imigrantes negros, que só começaram a se mudar para os EUA em números significativos nas últimas décadas.
Os adeptos dizem que um dos motivos pelos quais estão pressionando é quantificar quem seria elegível para receber indenizações pela escravidão caso o governo concordasse em pagá-las.
Segundo ´pesquisas do Federal Reserve Bank de Minneapolis e da Duke University, entre outros, os negros americanos cujos ancestrais foram escravizados tenderiam a ficar para trás em riqueza e educação em comparação com os recém-chegados.
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