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Agronegócio

Produtores de milho do MT e PR planejam estratégias diante de desafios com a cigarrinha e custos da safra 2023-2024

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Enquanto em Mato Grosso o plantio do milho 2ª safra 2022/23 caminha para o seu final e os produtores traçam metas para o ciclo futuro, que já conta com cerca de 7% de alta no custo total, os agricultores no Paraná iniciam a semeadura do cereal.

Os desafios em ambos os estados são muitos quando o assunto são os custos, em especial quando se trata de uma praga que pode reduzir em 70% a produção do grão em cultivares vulneráveis: a cigarrinha do milho.

Em Mato Grosso o plantio do milho atingiu na última semana 99,06% dos 7,42 milhões de hectares previstos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Ao mesmo tempo em que estão de olho no desenvolvimento da safra 2022/23 e no controle das pragas, principalmente a cigarrinha, os produtores do estado já traçam metas para a safra 2023/24.

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De acordo com o Imea, mais de R$ 6 mil deverão ser desembolsados pelos agricultores mato-grossense na temporada futura para plantar um hectare de milho. Esse montante leva em conta todas as despesas do campo desde os insumos até o pagamento de impostos e representa um aumento de 7,2% ante a atual safra.

O incremento, segundo o Imea, é decorrente ao custeio, que envolve os gastos com a compra de insumos, mão de obra e operações mecanizadas, ao qual o produtor deverá desembolsar R$ 3.363,14 por hectare em Mato Grosso. Alta de 1,29% frente a temporada atual, motivada pelo salto de 21% no custo de defensivos e quase 50% no custo da mão de obra.

Paraná inicia plantio da 2ª safra de milho

Enquanto em Mato Grosso o plantio é concluído, no Paraná a semeadura da segunda safra de milho está em fase inicial.

Além dos desafios climáticos, tornando a semeadura lenta e até mesmo paralisada em alguns momentos, o produtor que optou pelo cultivo do grão nesta temporada também está de olho e atento ao ataque da cigarrinha.

Ainda não existe tratamento de cura para as doenças do complexo de enfezamento, responsável por reduzir em 70% a produção do grão em cultivares vulneráveis, por isso o rigor nas ações preventivas de proliferação da praga.

Milho Mato GrossoMilho Mato Grosso

Foto: Viviane Petroli/Dia de Ajudar Mato Grosso

Uma campanha, promovida pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do estado do Paraná, em parceria com demais entidades como o Sistema Ocepar, Faep e Embrapa, reforça a atenção para três pontos fundamentais: a eliminação do milho tiguera, o uso de híbridos de maior tolerância e controle de qualidade da colheita.

“Essa colheita bem executada facilita também para o produtor controlar essas plantas que por ventura ficaram, os grãos que ficaram no solo e vão germinar. Então, tem que ter mecanismos e ferramentas e herbicidas disponíveis para o agricultor que ele consiga aplicar e controlar essas plantas tiguera. A escolha dos híbridos, tudo isso representa mais estabilidade em termos de produção. É um conjunto de medidas que devem ser tomadas ao longo do tempo. Acredito que hoje a gente tem uma outra situação devido a escolha desses materiais aos tratamentos que os agricultores vêm adotando para conviver com o problema do enfezamento do milho”, pontua o coordenador de Sanidade da Adapar, Marcílio Araújo.

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Foto: Dia de Ajudar

Monitoramento no Paraná é constante

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná vem monitorando as áreas de pressão da praga e desenvolvendo pesquisas sobre os efeitos da cigarrinha do milho no estado e também sobre a vulnerabilidade dos híbridos mais cultivados no paraná. Os estudos são realizados em parceria com a Embrapa milho e sorgo e quatro cooperativas.

Vilmar José Krenchinski é produtor de milho há mais de 40 anos. Ele frisa que a vigilância já fez diferença para o controle de infestação da praga.

“Esse ano até tive que entrar duas vezes porque choveu bastante. O milho ficou nascendo mais tempo, então, entrei até duas vezes para combater especialmente o milho tiguera, para não deixar nenhum hospedeiro. Nós não temos tempo para pesquisar e eles estão aí pra isso. Tanto que até os híbridos mudaram. A gente vinha plantando alguns híbridos e caíram totalmente fora, porque eles não tinham nenhuma tolerância às doenças que a cigarrinha proporciona. E os manejos, tudo vem a auxiliar né e a gente vai aprendendo ainda porque não tem uma receita pronta”.

 

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Fonte: canalrural

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