O presidente Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, afirmou que a agricultura e, sobretudo, a pecuária ocupam áreas oriundas do desmatamento da Amazônia. A fala dele foi feita nesta semana, em evento realizado na China.
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“Quero dar números bem objetivos. Falei que 84 milhões de hectares foram desmatados. Para que essas áreas estão sendo usadas? 67 milhões de hectares para a pecuária; 6 milhões para agricultura de grãos. E 15 milhões (são) de floresta secundária”, disse Viana, segundo o Estadão Conteúdo.
A afirmação do presidente da Apex Brasil foi feita em seminário organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) no Centro para China e Globalização (CCG) como parte da programação da comitiva brasileira no país asiático. Liderado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o grupo brasileiro conta com mais de 100 empresários ligados ao agro.
“Se nós reconhecermos o que já foi feito de equivocado, teremos maiores condições de defender aquilo de bom que estamos fazendo na Amazônia ou procuramos fazer”, prosseguiu Viana. Segundo ele, os números sobre a relação da agropecuária com o desmatamento na Amazônia foram compilados junto ao Ministério da Agricultura, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a entidades de monitoramento.
FPA rebate fala do presidente da Apex Brasil
Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) rebateu a afirmação de Jorge Viana. De acordo com o colegiado, o posicionamento do presidente da Apex Brasil na China foi externado “sem total conhecimento sobre a agropecuária nacional” e que pode resultar em prejuízos para o setor.
“É intangível o estrago que um porta-voz brasileiro, responsável pela promoção das exportações, faz ao se permitir macular toda a pesquisa, tecnologia e precisão implantados pelo setor agropecuário, numa premissa ultrapassada desprovida de informações científicas e oficiais”, afirma a FPA. “Importante registrar que exportamos para mais de 200 países com qualidade, eficiência e atendemos à todos os protocolos sanitários, ambientais e de mercado. O estrago vai além dos produtos agropecuários e atinge diretamente a imagem brasileira perante o mercado internacional”, prossegue a frente.
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Editado por: Anderson Scardoelli.
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Fonte: canalrural