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Como a ‘patriótica’ Campa Cola quer destronar Coca e Pepsi na Índia

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Retirada de circulação há mais de 30 anos, a marca indiana Campa será relançada nos próximos meses pelo homem mais rico da , Mukesh Ambani. Com o slogan “o grande gosto indiano” e apelando ao patriótico, o refrigerante pretende concorrer com Cola-Cola e Pepsi pelo favoritismo dos clientes.

A marca foi amplamente consumida pela população indiana nas décadas de 1970 e 1980. Na época, o mercado da Índia priorizava produtos nacionais frente aos ocidentais e a recusa dos donos em compartilhar a fórmula da Coca-Cola com as autoridades indianas fez com que o refrigerante mais famoso do Ocidente tivesse que deixar o país.

No vazio deixado pela Coca, surgiu a Campa Cola. Rapidamente, o passou a fazer parte das confraternizações e das rotinas dos indianos.

No entanto, com a adoção do modelo liberal na economia da Índia, em 1991, as fortes concorrentes Pepsi e Coca-Cola retornaram às vendas e ao gosto do úblico. Sem condições de manter-se no mercado com a queda do lucro, a Campa Cola desapareceu das prateleiras ainda no início dos anos 1990.

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A dos direitos da bebida no ano passado pela Reliance Industries trouxe de volta a rivalidade entre as marcas. A intenção de Ambani, maior acionista da empresa, é apostar no patriotismo e na nostalgia entre a parte da população que consumia o produto no passado. A estratégia, entretanto, pode não alcançar a juventude indiana.

Dos menores vilarejos até as cidades mais movimentadas, a influência da Coca-Cola e da Pepsi é inegável. As bebidas são distribuídas entre 4 a 5 milhões de pontos de venda e ocupam os melhores pontos das prateleiras. Segundo o publicitá Santosh Desai, os padrões de consumo seguidos pelos mais jovens são distintos aos da época em que a Campa Cola foi lançada, o que também dificulta a popularização do produto nessa camada da população.

“O refrigerante não parece a mesma coisa para os jovens indianos. É vagamente datado. É o celular que define o consumismo agora”, afirmou Desai ao The Guardian.

Fonte: Veja

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