O vereador tenente coronel Marcos Paccola (Republicanos) negou que seja um dos donos do estande de tiro “Força e Honra”, onde uma instrutora de Yoga cometeu suicídio, na quarta-feira (31). Ele pontuou que tem outros empreendimentos com o grupo, mas este não é um deles. Além disto, prometeu acionar judicialmente os sites que atrelaram seu nome com a tragédia.
Paccola explicou que não é dono do estande de tiro, mas sim de outra empresa que faz parte do grupo ‘Força e Honra’. “Acionarei todos os sites que noticiaram desta forma. Tudo aquilo que vinculou meu nome, tentando vincular o caso do Alexandre com isto”.
O vereador disse estar consternado com o episódio. “Recebi com muita tristeza essa questão. Sou autor de uma lei que foi sancionada este ano, que institui uma campanha para combate ao transtorno de ansiedade, síndrome do pânico e outros fatores que levam ao suicídio. Tenho suicidas de primeiro grau dentro da família. Os índices do Brasil são assustadores. Precisamos olhar, observar. É preciso focar no problema, inclusive a imprensa”.
O parlamentar, porém, voltou a defender o porte de arma pela população. Ele disse que o suicídio poderia ocorrer de qualquer forma e que a arma não tem relação com o episódio. “Vamos imaginar que ela chegasse lá e a porta estivesse fechada do estande. Ela poderia se jogar num primeiro ônibus ou na frente do primeiro veículo que estivesse passando. Quando nós olhamos a arma além de um instrumento de equalização de força, ou no instrumento onde possa garantir todos os demais fundamentais, quais são eles? A vida, o direito à propriedade, o direito ao patrimônio”.
“Não é o instrumento. Nós não proibiremos a construção de viadutos pra que as pessoas não saltem dos viadutos, não proibiremos venda de corda pra que as pessoas não se enforquem, então ou a venda de remédios que as pessoas acabam se envenenando, né? O veneno. Então o problema está nas pessoas, nós precisamos olhar mais para o ser humano”, finalizou.