O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta sexta-feira, 17, as datas da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. Ele estará no país asiático entre os dias 26 e 31 de março.
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Lula se encontrará com o presidente Xi Jinping, que na semana passada iniciou um inédito terceiro mandato, consolidando-se como o líder chinês mais poderoso desde Mao Tsé-Tung. Esta será a terceira visita de Estado de Lula à China, após aquelas realizadas em 2004 e 2009, quando o mandatário ainda era Hu Jintao.
Segundo o Itamaraty, em Pequim, estão previstas reuniões do presidente brasileiro com Xi, com o premiê chinês, Li Qiang, e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.
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“Serão tratados temas da ampla pauta bilateral, incluindo comércio, investimentos, reindustrialização, transição energética, mudança climática e paz e segurança mundial. Em Xangai, o presidente Lula visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
Sem dar mais detalhes, a pasta acrescentou que a comitiva presidencial será composta de “parlamentares, governadores, ministros de Estado e empresários”. Ao longo da visita, haverá “eventos empresariais, seminários e a assinatura de atos intergovernamentais”.
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Lula deve vir acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, que assumirá a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, com sede em Xangai, conhecido como banco dos BRICS. Nomear Dilma para o cargo permite que o governo petista lhe dê uma posição de prestígio que não requer confirmação do Senado – preservando o capital político do governo.
No Brasil, um dos tomadores de empréstimo mais frequentes do banco BRICS é o BNDES, o banco federal de desenvolvimento do Brasil. O banco agora é comandado por Aloizio Mercadante, que atuou no gabinete de Dilma Rousseff em três cargos diferentes.
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Desde que assumiu o cargo em 1º de janeiro, Lula traçou uma agenda diplomática ambiciosa e repleta de viagens internacionais. Ele visitou a Argentina e o Uruguai em janeiro e se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, em fevereiro.
Segundo dados do governo, a China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro. Em 2022, a corrente de comércio atingiu recorde de US$ 150,5 bilhões.
Em um mundo altamente polarizado, o maior desafio do presidente é se equilibrar de forma pragmática entre as potências, colocando os interesses internacionais em primeiro lugar.
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Fonte: Veja