Sophia @princesinhamt
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Economia russa surpreende, mas desafios crescentes devem testar Putin

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Mesmo com a série de sanções ocidentais impostas desde a invasão à , a economia da apresenta estabilidade, ao contrário do previsto no início da guerra. Taxas relativamente baixas de desemprego e a estabilidade da moeda do país, o rublo, acrescentam otimismo à economia de , presidente russo, mas as restrições tendem a prejudicar os planos do Kremlin no longo prazo.

Assim que os embargos foram estabelecidos, bancos russos, experientes em decorrência das restrições impostas com a anexação da Crimeia em 2014, aumentaram a taxa de juros em uma tentativa de controlar a inflação. Ao final de 2022, a economia contraiu 2,1%, bem longe da previsão inicial de 12%. Na estimativa do banco central russo, a , de 1,5%. Se essa projeção se concretizar, o tombo seria de 3,6% no biênio, um número relevante, mas pequeno comparado a contrações registradas em outros países fora do contexto de guerra, como o Brasil, que chegou a cair mais de 6% entre 2015 e 2016.

Enquanto empresas como McDonald’s e Apple retiraram suas filiais do país em forma de protesto, comércios locais supriram as demandas e sites de grandes varejistas russos, Wildberries e Svaznoy são exemplos, passaram a comercializar produtos de tecnologia americana, como iPhones e Air Pods de última geração, em valores similares aos europeus. 

A importação desses artigos por terceiros tem sido uma rota de fuga utilizada pelo Kremlin para contornar as restrições, como é o caso das exportações realizadas da Armênia para a Rússia. A compra de produtos chineses também tem auxiliado na estabilidade do mercado local. O impacto foi amortecido e não afetou fortemente a população, apesar de um aumento mínimo no valor das mercadorias. 

Além disso, as principais moedas de troca usadas por Moscou são o petróleo e o gás, já que grande parte da Europa depende da matriz energética , obrigando países da União Europeia a seguirem com as importações no ano passado. Em 2022, o faturamento russo alcançou o recorde de 325 bilhões de dólares, o que levou ao fortalecimento do rublo.

Apesar da relevância nesse setor, os reflexos das sanções ocidentais sobre os combustíveis devem ser sentidos em maior escala neste ano com a determinação de um teto de preço do petróleo para China, Índia e Turquia, aliados de Putin.

No entanto, especialistas ouvidos pela Associated Press indicaram que o líder russo tem reservas para contornar os e tende a .seguir dominando a comercialização dos combustíveis. Os vínculos com os parceiros comerciais também atuam como impedimentos para uma queda econômica abrupta do país neste ano.

Um calcanhar de Aquiles expressivo para Putin, no entanto, é o setor automobilístico. As montadoras Renault, Volkswagen e Mercedes-Benz interromperam as fabricações na Rússia e, como consequência, as vendas despencaram 63%. Com a diminuição da oferta, os preços de carros estrangeiros aumentaram consideravelmente. De acordo com informações da Escola de Economia de Kiev, 1.169 empresas ainda planejam deixar o país.

Ainda segundo um estudo da Escola, a economia russa perderá 50% na receita de combustíveis fósseis. Contudo, especialistas não enxergam o surgimento de problemas financeiros graves no horizonte russo a curto prazo. A tendência é que a economia de Moscou tenha uma queda lenta e gradual.

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Fonte: Veja

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