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Turismo

‘Caminho de Santana’ pode se tornar o novo atrativo turístico de MT

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Um novo roteiro religioso pode incluir Mato Grosso na rota das grandes ‘romarias’ do Brasil, como o Caminho da Fé, em São Paulo, rumo ao santuário ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, ou a romaria ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia do Muquém, que reúne mais de 400 mil pessoas todos os anos em Niquelândia, Goiás.

Trata-se do Caminho de Santana, um antigo trajeto percorrido por peregrinos que transportaram a imagem de Nossa Senhora de Santana do Sacramento, padroeira de Chapada dos Guimarães, em 1779, do Porto Geral de Cuiabá até a Igreja de Santana, na Chapada. Um projeto idealizado pelo Instituto de Inclusão, Cidadania e Ação (INCA), custeado em 2022 com emenda parlamentar do deputado estadual Wilson Santos (PSD).

“A finalidade do Caminho de Santana é salvaguardar e resgatar a viagem de Nossa Senhora de Santana do Sacramento […] além da cultura e história. A ideia é preservar a beleza ambiental e promover o turismo e a economia criativa”, diz o projeto.

De acordo com o corpo técnico do projeto, “a ideia é transformá-lo numa trilha religiosa, ecoturística, histórica e cultural. Mas, para isso, é preciso estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental e social”.

Em janeiro, a proposta recebeu ajustes técnicos, segundo o consultor do projeto Jaime Okamura. No mesmo mês, os deputados Wilson Santos (PSD) e Eduardo Botelho (União), apoiadores da iniciativa, desceram a trilha para conhecer de perto o trajeto.

“Um lugar lindo de onde se vê todo o paredão da Chapada, a flora e a fauna. Em meio à natureza, é possível sentir a vibração de Santana. Hoje, o caminho é percorrido por ciclistas e cavaleiros, mas queremos também resgatar a história. A trilha percorrida pela santa será uma ação religiosa e cultural que vai fomentar o turismo e a economia da nossa região”, explica otimista Wilson, que também é historiador.

“Fomentar o turismo religioso é, sem dúvida, uma contribuição e tanto para Cuiabá e Chapada dos Guimarães”, disse Botelho.

A trilha foi aberta por exploradores de ouro que vieram de São Paulo e deixaram Cuiabá nos idos de 1779, quando subiram a serra pelo mato e fundaram a Chapada dos Guimarães. “As ‘turmadas’ limparam o ouro aqui [em Cuiabá], o chamado ouro de aluvião. Então, houve um esvaziamento da capital. Parte da população voltou para São Paulo, parte subiu a serra e fundou Chapada […]. Fizeram várias trilhas para subir e descer essa serra. Uma é a Tope de Fita’, outras são a Quebra Gamela, Trilha do Francês e Carretão”, contextualizou Wilson.

Sobre o Caminho de Santana, a expectativa é que se torne “um produto turístico e ecológico ligado à natureza”, explica Wilson. “Esperamos que tudo dê certo e que esteja pronto nos próximos dois anos”, completou.


 
Assessoria

Fonte: leiagora

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