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Agronegócio

Situação fiscal em área que esteve em litígio entre MT e PA preocupa Famato

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Quase três anos após o fim de uma disputa territorial entre Mato Grosso e o Pará, cerca de 380 produtores que vivem na área que esteve em litígio ainda temem os impactos no bolso. Eles terão que migrar toda a documentação das propriedades para as bases paraenses e, após isso, ficarão passíveis à cobrança de ICMS na comercialização de produtos agropecuários com o “agora” estado vizinho.

As propriedades estão localizadas em uma área de aproximadamente dois milhões de hectares, que ficou em litígio por quase 20 anos, até que em maio de 2020 o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu como território paraense.

soja jaciara foto pedro silvestre do canal rural mato grosso

Na ação, Mato Grosso pretendia ver reconhecida, como parte do seu território, extensão de terra incorporada ao Pará em 1922.

Com a definição da questão em 2020, de acordo com o setor produtivo mato-grossense, três situações distintas surgem:

– Na região mais ao oeste há o fator de ser uma região em que toda a comunicação das propriedades sempre foi realizada com Mato Grosso, incluindo terrestre;
– Mais ao meio existe “até uma possibilidade” de contato com o estado do Pará, contudo é necessário passar por Mato Grosso até chegar aos municípios paraenses;
– Já na região próxima à BR-158, a situação é considerada “tranquila”.

“Isso é uma questão que preocupa. Não é a região toda. A gente sabe disso, é a região que não tem condição de acesso para o Pará para escoar a produção [que preocupa]”, pontua o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain.

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Foto: Leandro Balbino/Dia de Ajudar Mato Grosso

Setor produtivo se reúne com Governo de Mato Grosso

No dia 23 de fevereiro em Cuiabá foi realizada uma reunião de alinhamento sobre a comercialização da produção agrícola e pecuária na divisa dos estados entre o setor produtivo e representantes do Governo de Mato Grosso, incluindo a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).

Conforme o presidente da Famato, propostas estão sendo levantadas e estudadas para auxiliar as cerca de 380 propriedades, principalmente no que tange as questões fiscais, uma vez que a alíquota do ICMS passaria para 12%, e sanitárias, diante do fato de Mato Grosso já ser um estado livre da vacinação contra a febre aftosa e o Pará não.

 

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Fonte: canalrural

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