A ciência está dando mais um passo para criar máquinas que imitam o cérebro humano. Depois da Alexa e Siri, e do famosíssimo banco de dados ChatGPT, um grupo de cientistas quer desenvolver um computador que processa informações usando neurônios humanos, em vez de chips de silício.
Conhecido como “inteligência organoide (IO)”, o sistema propõe explorar a cultura tridimensional de células cerebrais, feitas por meio de material biológico, e encontrar meios de realizar operações mais complexas, usando menos energia, no computador composto de neurônios humanos.
Em linhas gerais, os cientistas tentam criar em laboratório esferas feitas de neurônios, com um sistema artificial para mantê-los ativos. Os neurônios podem ser produzidos a partir de células humanas comuns tiradas da pele de uma pessoa e manipuladas em laboratório.
Liderado pelo biólogo e engenheiro Thomas Hartung, da Universidade Johns Hopkins, o estudo é assinado por 21 cientistas líderes em suas áreas de pesquisa.
“Antevemos a criação de interfaces complexas em rede, nas quais os organoides cerebrais seriam conectados a sensores para captar o mundo real, com dispositivos de saída (outuput) e, finalmente, conectados entre si e com organoides de órgãos sensoriais (por exemplo, organoides da retina dos olhos)”, escreveram os cientistas, no artigo na revista Frontiers in Science.
Fonte: revistaoeste