Bom senso. Foi isso que pediu o senador Jayme Campos (União) para o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que ameaça não permitir que as obras do Ônibus de Rápido Transporte (BRT) sejam iniciadas na Capital. Para ele, o chefe do Executivo municipal deveria focar nos processos que pedem a devolução dos recursos públicos ‘desviados’ do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
“Tem que ter bom senso, não pode continuar o que está acontecendo até hoje. Eu acho que o Emanuel Pinheiro está exagerando um pouco a dose”, disse o senador nesta segunda-feira (29), data em que foi assinada a ordem de serviço da obra.
“Tem que preocupar é com a população e sobretudo tem que se preocupar de apurar aqueles que usufruíram, que roubaram milhões de reais em relação essa obra. Eu imagino que alguém vai ter que devolver aquilo que foi desviado do erário público. Fazendo atos não republicanos”, acrescentou.
Emanuel disse que as obras do BRT vão começar somente após a sua gestão ou “por cima do cadáver” dele. Os trâmites do BRT estavam paralisados desde maio, após um recurso da prefeitura de Cuiabá no Tribunal de Contas da União (TCU), que conseguiu interromper o processo.
Em uma articulação com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o governo do Estado conseguiu suspender a decisão da Corte de Contas da União, através de uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (26). O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix, foi o vencedor da licitação, realizada no mês de março, apresentando a proposta de menor preço. Ao todo, a obra de mobilidade é orçada em R$ 468 milhões.