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Política

Vereadores ignoram denúncias e caos na saúde e blindam secretário de convocação na Câmara

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A blindagem por parte dos vereadores da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) à gestão municipal parece não ter limites na Câmara de Cuiabá. Apesar de todas as denúnias que surgem, quase que diariamente, sobre o caos na saúde, além, claro, das operações que apuram a corrupção na área, os vereadores rejeitaram o requerimento de convocação do secretário Municipal de Saúde, Gustavo Salomão.

De autoria do vereador Demilson Nogueira (PP), o pedido acabou sendo arquivado, pelo fato de não ter atingido o número de votos necessários para aprovação, durante a sessão desta quinta-feira (10). No total, foram 10 votos a favor e 10 votos contra a convocação. No entanto, não houve desempate, uma vez que o quórum mínimo para aprovação de um requerimento de convocação é maioria absoluta, ou seja, 13 votos.

O progressista queria que Salomão comparecesse ao Parlamento Municipal para dar explicações sobre a atual situação da saúde pública da Capital. Vale destacar que recentemente, em uma nova fiscalização no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumo da Capital (Cdmic), , além de outros 4,3 milhões de uma fiscalização realizada no início de fevereiro.

Com isso, são quase 10 milhões de remédios e derivados jogados em um barracão da Prefeitura, enquanto as reclamações por falta de medicamentos e até mesmo de soro nas unidades de saúde não param de chegar. Inclusive, cartelas de diporona, que não têm sido encontradas nas UPAs, foram encontradas milhares vencidas. 

Como se não bastasse, , tão essenciais durante a pandemia, foram largados abandonados nesse barracão que também é consumido pela umidade e tem danificado milhares de documentos da Secretaria Municipal de Gestão. 

Há denúncias também de atrasos no pagamento, não apenas dos profissionais da saúde, como também de fornecedeores. O laboratório Afip já teria uma dívida milionária com a Prefeitura e chegou a ameaçar suspender o recolhimento de exames nesta semana. 

Ainda assim, os vereadores da base do prefeito optam por ignorar todas essas situações para seguir com a, que visa investigar os atos praticados pelo interventor Hugo Felipe Lima durante os seis dias em que a decisão que passava o comando da saúde de Cuiabá para o Estado ficou em vigor. 

Vale destacar que, dessa intervenção, duas operações já foram deflagradas, uma delas que resultou na prisão do  e outra que apurou a contratação de uma empresa para realizar a . 

Os vereadores da oposição conseguiram recentemente, com nove assinaturas, garantir a criação de uma CPI dos Contratos, que visa investigar os contratos da saúde, mas como a composição deve ser por blocos, é bem possível que a base tenha maioria e se acaba, mais uma vez, em uma comissão criada apenas para palanque e sem nenhum efeito prático. Enquanto isso, a população padece nas filas, sem atendimento, nem medicamentos.

Fonte: leiagora

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