Romances de Shakespeare, O Senhor dos Anéis e Os Contos de Canterbury. Para um programa de “contraterrorismo” do governo britânico, essas e outras obras têm algo em comum: podem levar alguém a se tornar de “extrema direita”.
Em um relatório elaborado pelo grupo, outros livros são citados como “potencialmente perigosos” à população do Reino Unido. São eles: Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, O Agente Secreto, de Joseph Conrad, 1984, de George Orwell, e poemas do ensaísta GK Chesterton.
Também produções da indústria cinematográfica são mencionadas como “gatilhos” de extremismo, a exemplo das séries House of Cards, Yes Minister e os filmes The Bridge On The River Kwai, The Great Escape e Zulu.
Segundo o jornal britânico Daily Mail, o documento que classifica essas produções como de “extrema direita” foi produzido pela Unidade de Informação e Comunicação de Pesquisa, grupo do programa governamental antiterrorista Prevent, cujo objetivo é a “proteção nacional para pessoas que correm o risco de se envolver com o terrorismo, por meio da radicalização”.
Depois de o caso de obras como o Senhor dos Anéis vir à tona, o Ministério do Interior britânico emitiu uma nota: “A Prevent, agora, garantirá o foco na principal ameaça do terrorismo islâmico, além de permanecer vigilante sobre as ameaças emergentes”.
Leia também: , reportagem de Dagomir Marquezi publicada na Edição 81 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste